Mal o Planalto divulgou a nota confirmando a dança de cadeiras promovida por Dilma Rousseff e Aécio Neves levou à web uma contranota.
O presidenciável tucano declarou: “Nas democracias, as reformas
ministeriais costumam ter como objetivo corrigir rumos, melhorar a
eficiência da administração e, quando possível, ainda diminuir o peso da
máquina pública. No governo da presidente Dilma ocorre o contrário.”
Prosseguiu: “A máquina só faz inchar e a busca pela eficiência foi
substituída pela lógica da reeleição. Ao que parece, a prioridade é
garantir alguns segundos a mais na propaganda eleitoral ao invés de
fazer o governo funcionar. Quem paga a conta sempre são os brasileiros.”
Impossível desdizer Aécio. O diabo é que, na sua vez de governar, o
tucano Fernando Henrique Cardoso fez coisa muito parecida. Depois dele,
Lula fez ainda pior. Dilma ajusta-se à tradição, Considerando-se que
Aécio e Eduardo Campos buscam no condomínio oficial parceiros que lhes
forneçam “alguns segundos a mais na propaganda”, pode-se dizer que os
vícios tendem a se perpetuar.
(publicado originalmente no blog do jornalista Josias de Souza, Portal UOL).
Nota do Editor: A observação do jornalista Josias de Souza, apontando um vício perpétuo entre os governantes, vítimas dessa tal "governabilidade" imposta pelo presidencialismo de coalizão, é bastante lúcida. A contranota de Aécio é apenas uma peça de oportunismo político. A demissão de Brizola Neto é bastante elucidativa. Pressionada pela trupe de Carlos Lupi e pelas centrais sindicais ligadas ao partido, Dilma acabou oferecendo a cabeça de Brizola para o banquete das raposas. Uma pena. Pode ter cometido alguns equívocos, mas cumpriu religiosamente a missão de remover os mecanismos de desvio de dinheiro público naquele órgão.
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