pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Os males do presidencialismo de coalizão
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sábado, 16 de março de 2013

Os males do presidencialismo de coalizão


 
 
Mal o Planalto divulgou a nota confirmando a dança de cadeiras promovida por Dilma Rousseff e Aécio Neves levou à web uma contranota. O presidenciável tucano declarou: “Nas democracias, as reformas ministeriais costumam ter como objetivo corrigir rumos, melhorar a eficiência da administração e, quando possível, ainda diminuir o peso da máquina pública. No governo da presidente Dilma ocorre o contrário.”
Prosseguiu: “A máquina só faz inchar e a busca pela eficiência foi substituída pela lógica da reeleição. Ao que parece, a prioridade é garantir alguns segundos a mais na propaganda eleitoral ao invés de fazer o governo funcionar. Quem paga a conta sempre são os brasileiros.”
Impossível desdizer Aécio. O diabo é que, na sua vez de governar, o tucano Fernando Henrique Cardoso fez coisa muito parecida. Depois dele, Lula fez ainda pior. Dilma ajusta-se à tradição, Considerando-se que Aécio e Eduardo Campos buscam no condomínio oficial parceiros que lhes forneçam “alguns segundos a mais na propaganda”, pode-se dizer que os vícios tendem a se perpetuar.

(publicado originalmente no blog do jornalista Josias de Souza, Portal UOL).

Nota do Editor: A observação do jornalista Josias de Souza, apontando um vício perpétuo entre os governantes, vítimas dessa tal "governabilidade" imposta pelo presidencialismo de coalizão, é bastante lúcida. A contranota de Aécio é apenas uma peça de oportunismo político. A demissão de Brizola Neto é bastante elucidativa. Pressionada pela trupe de Carlos Lupi e pelas centrais sindicais ligadas ao partido, Dilma acabou oferecendo a cabeça de Brizola para o banquete das raposas. Uma pena. Pode ter cometido alguns equívocos, mas cumpriu religiosamente a missão de remover os mecanismos de desvio de dinheiro público naquele órgão.


 

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