Eduardo Campos ameaça rebelião após perda de poder de aliados
O governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, vai trabalhar contra a aprovação da Medida Provisória
dos Portos caso ela não passe por mudanças. Possível candidato à
Presidência, Campos quer que a presidente Dilma Rousseff devolva poder
sobre os portos para os Estados. Ainda usará o discurso segundo o qual é
preciso ficar claro que a medida não vai tirar direitos dos
trabalhadores.
O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, foi
indicado pelo PSB na cota do governador Cid Gomes (PSB), que está em
atrito com Campos. "Do jeito que está nós não a votamos", disse o líder
do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). "Não podemos nos esquecer de
que o Porto de Suape, em Pernambuco, é uma espécie de cartão-postal do
Estado e do PSB. Se a MP não for modificada, o governo de Pernambuco
perderá todo poder em relação a esse porto", afirmou o deputado.
Por
causa da MP dos Portos, Campos realizou minirreunião da Executiva do
PSB na quarta-feira, 27, à noite, entrando pela madrugada de
quinta-feira, 28.
Participaram do encontro, além do governador e
de Albuquerque, o tesoureiro nacional do PSB, deputado Márcio França
(SP), o secretário nacional do partido, Carlos Siqueira, e a integrante
da Executiva Mari Elizabeth Machado. Estes dois últimos, de acordo com
Albuquerque, foram ao Recife, originalmente, para tratar do programa
nacional do partido, a ser veiculado neste mês.
Campos se irrita,
também, com o esvaziamento do poder do ministro da Integração Nacional,
Fernando Bezerra, seu afilhado político. Apesar da insatisfação, o
governador disse aos correligionários que pretende manter o PSB em
cargos do governo. Petistas tentam minar as pretensões de Campos de
disputar o Planalto contra Dilma em 2014.
Apesar de o PMDB ser
atualmente o aliado preferencial, não está descartada a possibilidade de
o posto de candidato a vice-presidente na chapa petista ser oferecido a
Campos. O governador da Bahia, Jaques Wagner, esteve no Recife na
segunda-feira, 25.
"Defendo espaço para Campos na chapa
presidencial de 2018. O time que ganhou em 2010 deve permanecer em 2014.
Michel Temer tem toda a legitimidade para continuar na chapa", disse
Wagner. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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