Em entrevista concedida ao Programa Roda Viva, da TV Cultura,
o pernambucano Roberto Freire, como sempre, envolveu-se em algumas polêmicas
com os jornalistas que o inquiriram, convidados pelo programa. Comunista no
passado, o presidente do PPS foi uma das personalidades políticas mais
respeitadas em Pernambuco. Uma verdadeira referência no compo da esquerda. Depois da queda do “Muro de Berlim”, o deputado
seguiu um rumo político trôpego, muito alinhavado com forças políticas
conservadoras, algo que ele não gosta muito de falar e se irrita quando questionado
sobre o assunto. Bem articulado, é capaz de fazer uma defesa brilhante dessa
sua trajetória política, mas nada que convença aquele eleitor que admirava sua
personalidade combativa, alguém que defendia ardorosamente suas ideias em torno de uma sociedade socialmente mais justa. Questionado por um repórter sobre as perspectivas
da candidatura de Eduardo Campos em São Paulo, o pós-comunista respondeu que
há, sim, a possibilidade de uma “costura” em torno do seu nome na praça
paulistana onde, tradicionalmente, o PSB não tem muita penetração. A candidatura de Eduardo, aliás, é uma das quais ele poderá apoiar. Os estrategistas do Palácio do Campo das Princesas, neste momento, devem
estar debruçados na procura de palanques para o “Moleque” dos Jardins da
Fundação Joaquim Nabuco, em regiões onde Eduardo ainda não é conhecido dos eleitores.
Essa informação de Roberto Freire bate com uma notícia da crônica política no
dia de hoje, dando conta de que, José Serra poderia estar articulando
uma candidatura, encabeçada por dissidências de algumas agremiações, com o
objetivo de prejudicar os planos de Aécio Neves naquela praça e favorecer
Eduardo Campos. Em política, tudo é possível. Enquanto FHC informa que a candidatura de Eduardo é um projeto provinciano, outros grãos-tucanos estão tramando contra o principal postulante da legenda.
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