Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada agora há pouco pelo pelo Jornal Nacional aponta um empate técnico entre as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva(PSB/Rede). Ambas aparecem com 34%, enquanto o candidato do PSDB, senador Aécio Neves, pontua em 15% das intenções de voto. Esses números não batem com os tracking que estão sendo realizados pelo Planalto, onde Marina mantém os 24% do IBOPE, mas, segundo o jornalista Renato Rovai, a amostragem é bastante reduzida.Como se sabe, uma conjunção de fatores estão alavancando a candidatura da acriana, mesmo com as evidências inequívocas de um possível retorno do receituário neoliberal para a condução da política econômica o que vai significar, necessariamente, recessão, arrocho salarial, desemprego, ausência de crédito para os mais fragilizados socialmente. Há quem afirme que Aécio Neves não mais teria como reagir. As eleições estão perdidas para o PSDB. Será? Marina os representa, assim como representa a direita, a elite, os estratos de classe média anti-petista. As pesquisas também indicam que, se tivermos um segundo turno - hoje quase inevitável - os evangélicos a conduzirão ao Planalto. Uma tragédia tanto do ponto de vista da consolidação de nossas instituições democráticas, quanto das conquistas obtidas pela classe trabalhadora nas últimas décadas com as políticas públicas de corte inclusivo da Era Lula/Dilma. Fica evidente aquilo que o economista Márcio Pochmann falou outro dia num debate no Ceará. A elite brasileira - preocupada com as concessões aos trabalhadores - jogaria pesado para manter seus privilégios. Nossa elite é uma elite de muros. Nunca de pontes. Se depender delas, esse país jamais se encontrará consigo mesmo. Srão mantidos os guetos. As declarações do jornalista Diogo Mainardi nos forneceram a senha: tudo por Marina na estratégia obsessiva de derrotar o PT. Depois da posse, o futuro a Deus pertence.
Nenhum comentário:
Postar um comentário