Siga o dinheiro, pensei comigo mesmo, e entrei no site Donos do Congresso, para verificar quem foram os principais doadores para o senador Alvaro Dias, do Paraná.
Pensei em Alvaro Dias por causa de suas antigas relações com o doleiro Alberto Youssef. Na campanha de 1998, Dias andava para lá e para cá no jatinho do doleiro.
Como é tucano, porém, não houve problema, nem na época nem agora.
Dias é da mesma região de Sergio Moro e Alberto Youssef, e se há uma conspiração na maneira como a Lava Jato passou a ser tocada, o senador provavelmente está envolvido.
Outra figura central na conspiração é o advogado de Youssef, o doutor Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, que tem feito astutas dobradinhas com a mídia.
Sempre que alguém próximo a Alberto Youssef faz denúncias envolvendo o PSDB, Basto trata de ocupar todos os jornais com veementes negativas.
O exemplo mais notório é de Leonardo Meirelles, o laranja de Youssef. Meirelles afirmou que Youssef operava para o PSDB. A mídia deu a informação, mas logo em seguida a neutralizou com negativas frenéticas do advogado de Youssef.
A Lava Jato começou investigando, como o nome diz, esquemas de lavagem de dinheiro.
Quando esbarrou em contratos da Petrobrás, porém, mudou completamente de direção e passou a ser instrumentalizada como uma arma da oposição contra o governo.
Aí teria começado o que tomo a liberdade para chamar de conspiração.
Quando o uso o termo, não penso em “illuminatis”, nem em algo parecido ao Protocolo dos Sábios de Sião.
Todas as forças políticas conspiram, de uma forma ou de outra. É normal. Se não gostar do termo, use “operação política”.
A coisa só não é normal quando envolve, por exemplo, a manipulação desonesta de um processo legal, através de aparelhos do Estado, como o Ministério Público, setores da PF e membros do Judiciário.
Também não é normal quando a imprensa, organizada num regime de cartel ideológico, passa a promover uma perseguição unitaleral a um campo, lançando mão dos instrumentos mais sujos à sua disposição: não promove um debate plural, estimula o linchamento, não dá o contraponto; age, em suma, com o mesmo espírito panfletário de um jornalzinho radical editado por extremistas.
Uma conspiração política envolve um conjunto de agentes, nem todos necessariamente conscientes dos métodos usados, mas unidos em torno do objetivo central.
No presente caso, o objetivo central é derrubar a presidenta Dilma, criminalizar o PT e destruir politicamente o ex-presidente Lula.
O principal doador de Alvaro Dias é o homem mais rico do Paraná e um dos mais ricos do país, o empresário Joel Malucelli.
Em 2014, Malucelli doou, através de duas de suas empresas, quase R$ 1,3 milhão a Alvaro Dias.
ScreenHunter_5536 Mar. 02 14.58
Malucelli atua pesadamente no ramo da construção civil, incluindo concessões públicas de estradas, hidrelétricas, aterros sanitários, etc.
Aí eu descobri algumas coincidências curiosas.
A mídia procura abafar essa informação, mas a gente a tem repetido. Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, advogado de Alberto Youssef, foi conselheiro da Sanepar, estatal do Paraná, por um bocado de tempo (sempre durante governos tucanos).
Nesse período, achei um processo, onde consta apenas a sua assinatura, no qual Basto homologa a vitória de uma empresa de Joel Malucelli numa licitação para a estatal.
Aparentemente não há nada demais, mas acredito que devemos divulgar esse tipo de coincidência, quando aparecer. Se o caso envolvesse um petista, iria para a capa dos jornalões, em tom de denúncia. Aqui a gente tenta divulgar com prudência.
Numa ata de 2011, Basto aprova um contrato da Malucelli Seguradora, no valor de R$ 1,6 milhão, para um “seguro de garantia judicial” da Sanepar.
sanepar
Em 2014, Joel Malucelli tentou ser candidato a governador pelo PSD. Ao cabo, porém, o partido se coligou ao PSDB de Beto Richa, que venceu no primeiro turno.
O principal patrocinador do PSD do Paraná foi o próprio Joel: doou R$ 3,45 milhões para o PSD em 2014.
Malucelli também é dono das repetidoras da TV Bandeirantes do Paraná; e das principais rádios integrantes do Sistema Globo, CBN e Rádio Globo.
Outra construtora fortemente ligada ao PSDB, que teria bastante interesse em ver as grandes empreiteiras destruídas, é a Valadares Gontijo, que doou, através de uma de suas herdeiras, Ana Maria Baeta Valadares Gontijo, mais de R$ 16 milhões para o PSDB, em 2010.
O valor é bem superior à doação de qualquer outra empreiteira ao PSDB, ou a qualquer partido.
É também a doação individual mais alta já feita no país, em qualquer época.
Doações individuais muito altas, em geral, são feitas por doadores-candidatos, o que não é o caso de Ana Maria.
Malucelli e Valadares Gontijo, portanto, são os primeiros suspeitos de integrarem o elo financeiro de uma conspiração que pode lucrar, e muito com os desdobramentos da Lava Jato.
Em novembro de 2013, a JMalucelli anuncia o maior contrato da história da construtora, R$ 800 milhões, para participar das obras da hidrelétrica de Jirau, substituindo a Camargo Correa, cujas relações com o Consórcio Energia Sustentável do Brasil, controlador da Jirau, haviam “azedado”.
A informação confirma que a JMalucelli, cujo dono é suplente do senador Alvaro Dias, além de seu maior doador, tende a ser uma das principais beneficiadas com a destruição das empreiteiras acusadas na Lava Jato.
O grupo Malucelli possui, dentre dezenas de empresas, um importante banco, o Paraná Banco, que registrou um lucro líquido de R$ 150,2 milhões em 2014, alta de 15% sobre o ano anterior. Os ativos totais do banco totalizaram R$ 6,1 bilhões ao final do ano passado, avanço de 25%.
Possivelmente, o Paraná Banco, que trabalha principalmente com oferta de crédito para o funcionalismo público do estado, foi um dos grandes beneficiados com o desaparecimento do Banestado, o banco público do Paraná, vendido para o Itaú por uma bagatela.
O Banestado foi destruído após o saque promovido por sucessivos governos demotucanos.
Mais tarde, o juiz Sergio Moro – mais coincidências – seria o responsável por julgar os desdobramentos penais do escândalo Banestado, que tinha como pivô o mesmo Alberto Youssef.
As relações de Joel Malucelli com a Globo, sua rede de relações no Paraná, sua ligação orgânica com o PSDB, fazem dele um dos principais suspeitos de integrar o núcleo de uma operação política para derrubar Dilma Roussef.
Essa é uma investigação, de qualquer forma, que está só começando.
(Publicado originalmente no site O Cafezinho)
Especulações conspiratórias sobre a Lava Jato
Siga o dinheiro, pensei comigo mesmo, e entrei no site Donos do Congresso, para verificar quem foram os principais doadores para o senador Alvaro Dias, do Paraná.
Pensei em Alvaro Dias por causa de suas antigas relações com o doleiro Alberto Youssef. Na campanha de 1998, Dias andava para lá e para cá no jatinho do doleiro.
Como é tucano, porém, não houve problema, nem na época nem agora.
Dias é da mesma região de Sergio Moro e Alberto Youssef, e se há uma conspiração na maneira como a Lava Jato passou a ser tocada, o senador provavelmente está envolvido.
Outra figura central na conspiração é o advogado de Youssef, o doutor Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, que tem feito astutas dobradinhas com a mídia.
Sempre que alguém próximo a Alberto Youssef faz denúncias envolvendo o PSDB, Basto trata de ocupar todos os jornais com veementes negativas.
O exemplo mais notório é de Leonardo Meirelles, o laranja de Youssef. Meirelles afirmou que Youssef operava para o PSDB. A mídia deu a informação, mas logo em seguida a neutralizou com negativas frenéticas do advogado de Youssef.
A Lava Jato começou investigando, como o nome diz, esquemas de lavagem de dinheiro.
Quando esbarrou em contratos da Petrobrás, porém, mudou completamente de direção e passou a ser instrumentalizada como uma arma da oposição contra o governo.
Aí teria começado o que tomo a liberdade para chamar de conspiração.
Quando o uso o termo, não penso em “illuminatis”, nem em algo parecido ao Protocolo dos Sábios de Sião.
Todas as forças políticas conspiram, de uma forma ou de outra. É normal. Se não gostar do termo, use “operação política”.
A coisa só não é normal quando envolve, por exemplo, a manipulação desonesta de um processo legal, através de aparelhos do Estado, como o Ministério Público, setores da PF e membros do Judiciário.
Também não é normal quando a imprensa, organizada num regime de cartel ideológico, passa a promover uma perseguição unitaleral a um campo, lançando mão dos instrumentos mais sujos à sua disposição: não promove um debate plural, estimula o linchamento, não dá o contraponto; age, em suma, com o mesmo espírito panfletário de um jornalzinho radical editado por extremistas.
Uma conspiração política envolve um conjunto de agentes, nem todos necessariamente conscientes dos métodos usados, mas unidos em torno do objetivo central.
No presente caso, o objetivo central é derrubar a presidenta Dilma, criminalizar o PT e destruir politicamente o ex-presidente Lula.
O principal doador de Alvaro Dias é o homem mais rico do Paraná e um dos mais ricos do país, o empresário Joel Malucelli.
Em 2014, Malucelli doou, através de duas de suas empresas, quase R$ 1,3 milhão a Alvaro Dias.
Malucelli atua pesadamente no ramo da construção civil, incluindo concessões públicas de estradas, hidrelétricas, aterros sanitários, etc.
Aí eu descobri algumas coincidências curiosas.
A mídia procura abafar essa informação, mas a gente a tem repetido. Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, advogado de Alberto Youssef, foi conselheiro da Sanepar, estatal do Paraná, por um bocado de tempo (sempre durante governos tucanos).
Nesse período, achei um processo, onde consta apenas a sua assinatura, no qual Basto homologa a vitória de uma empresa de Joel Malucelli numa licitação para a estatal.
Aparentemente não há nada demais, mas acredito que devemos divulgar esse tipo de coincidência, quando aparecer. Se o caso envolvesse um petista, iria para a capa dos jornalões, em tom de denúncia. Aqui a gente tenta divulgar com prudência.
Numa ata de 2011, Basto aprova um contrato da Malucelli Seguradora, no valor de R$ 1,6 milhão, para um “seguro de garantia judicial” da Sanepar.
Em 2014, Joel Malucelli tentou ser candidato a governador pelo PSD. Ao cabo, porém, o partido se coligou ao PSDB de Beto Richa, que venceu no primeiro turno.
O principal patrocinador do PSD do Paraná foi o próprio Joel: doou R$ 3,45 milhões para o PSD em 2014.
Malucelli também é dono das repetidoras da TV Bandeirantes do Paraná; e das principais rádios integrantes do Sistema Globo, CBN e Rádio Globo.
Outra construtora fortemente ligada ao PSDB, que teria bastante interesse em ver as grandes empreiteiras destruídas, é a Valadares Gontijo, que doou, através de uma de suas herdeiras, Ana Maria Baeta Valadares Gontijo, mais de R$ 16 milhões para o PSDB, em 2010.
O valor é bem superior à doação de qualquer outra empreiteira ao PSDB, ou a qualquer partido.
É também a doação individual mais alta já feita no país, em qualquer época.
Doações individuais muito altas, em geral, são feitas por doadores-candidatos, o que não é o caso de Ana Maria.
Malucelli e Valadares Gontijo, portanto, são os primeiros suspeitos de integrarem o elo financeiro de uma conspiração que pode lucrar, e muito com os desdobramentos da Lava Jato.
Em novembro de 2013, a JMalucelli anuncia o maior contrato da história da construtora, R$ 800 milhões, para participar das obras da hidrelétrica de Jirau, substituindo a Camargo Correa, cujas relações com o Consórcio Energia Sustentável do Brasil, controlador da Jirau, haviam “azedado”.
A informação confirma que a JMalucelli, cujo dono é suplente do senador Alvaro Dias, além de seu maior doador, tende a ser uma das principais beneficiadas com a destruição das empreiteiras acusadas na Lava Jato.
O grupo Malucelli possui, dentre dezenas de empresas, um importante banco, o Paraná Banco, que registrou um lucro líquido de R$ 150,2 milhões em 2014, alta de 15% sobre o ano anterior. Os ativos totais do banco totalizaram R$ 6,1 bilhões ao final do ano passado, avanço de 25%.
Possivelmente, o Paraná Banco, que trabalha principalmente com oferta de crédito para o funcionalismo público do estado, foi um dos grandes beneficiados com o desaparecimento do Banestado, o banco público do Paraná, vendido para o Itaú por uma bagatela.
O Banestado foi destruído após o saque promovido por sucessivos governos demotucanos.
Mais tarde, o juiz Sergio Moro – mais coincidências – seria o responsável por julgar os desdobramentos penais do escândalo Banestado, que tinha como pivô o mesmo Alberto Youssef.
As relações de Joel Malucelli com a Globo, sua rede de relações no Paraná, sua ligação orgânica com o PSDB, fazem dele um dos principais suspeitos de integrar o núcleo de uma operação política para derrubar Dilma Roussef.
Essa é uma investigação, de qualquer forma, que está só começando.
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Especulações conspiratórias sobre a Lava Jato
Siga o dinheiro, pensei comigo mesmo, e entrei no site Donos do Congresso, para verificar quem foram os principais doadores para o senador Alvaro Dias, do Paraná.
Pensei em Alvaro Dias por causa de suas antigas relações com o doleiro Alberto Youssef. Na campanha de 1998, Dias andava para lá e para cá no jatinho do doleiro.
Como é tucano, porém, não houve problema, nem na época nem agora.
Dias é da mesma região de Sergio Moro e Alberto Youssef, e se há uma conspiração na maneira como a Lava Jato passou a ser tocada, o senador provavelmente está envolvido.
Outra figura central na conspiração é o advogado de Youssef, o doutor Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, que tem feito astutas dobradinhas com a mídia.
Sempre que alguém próximo a Alberto Youssef faz denúncias envolvendo o PSDB, Basto trata de ocupar todos os jornais com veementes negativas.
O exemplo mais notório é de Leonardo Meirelles, o laranja de Youssef. Meirelles afirmou que Youssef operava para o PSDB. A mídia deu a informação, mas logo em seguida a neutralizou com negativas frenéticas do advogado de Youssef.
A Lava Jato começou investigando, como o nome diz, esquemas de lavagem de dinheiro.
Quando esbarrou em contratos da Petrobrás, porém, mudou completamente de direção e passou a ser instrumentalizada como uma arma da oposição contra o governo.
Aí teria começado o que tomo a liberdade para chamar de conspiração.
Quando o uso o termo, não penso em “illuminatis”, nem em algo parecido ao Protocolo dos Sábios de Sião.
Todas as forças políticas conspiram, de uma forma ou de outra. É normal. Se não gostar do termo, use “operação política”.
A coisa só não é normal quando envolve, por exemplo, a manipulação desonesta de um processo legal, através de aparelhos do Estado, como o Ministério Público, setores da PF e membros do Judiciário.
Também não é normal quando a imprensa, organizada num regime de cartel ideológico, passa a promover uma perseguição unitaleral a um campo, lançando mão dos instrumentos mais sujos à sua disposição: não promove um debate plural, estimula o linchamento, não dá o contraponto; age, em suma, com o mesmo espírito panfletário de um jornalzinho radical editado por extremistas.
Uma conspiração política envolve um conjunto de agentes, nem todos necessariamente conscientes dos métodos usados, mas unidos em torno do objetivo central.
No presente caso, o objetivo central é derrubar a presidenta Dilma, criminalizar o PT e destruir politicamente o ex-presidente Lula.
O principal doador de Alvaro Dias é o homem mais rico do Paraná e um dos mais ricos do país, o empresário Joel Malucelli.
Em 2014, Malucelli doou, através de duas de suas empresas, quase R$ 1,3 milhão a Alvaro Dias.
Malucelli atua pesadamente no ramo da construção civil, incluindo concessões públicas de estradas, hidrelétricas, aterros sanitários, etc.
Aí eu descobri algumas coincidências curiosas.
A mídia procura abafar essa informação, mas a gente a tem repetido. Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, advogado de Alberto Youssef, foi conselheiro da Sanepar, estatal do Paraná, por um bocado de tempo (sempre durante governos tucanos).
Nesse período, achei um processo, onde consta apenas a sua assinatura, no qual Basto homologa a vitória de uma empresa de Joel Malucelli numa licitação para a estatal.
Aparentemente não há nada demais, mas acredito que devemos divulgar esse tipo de coincidência, quando aparecer. Se o caso envolvesse um petista, iria para a capa dos jornalões, em tom de denúncia. Aqui a gente tenta divulgar com prudência.
Numa ata de 2011, Basto aprova um contrato da Malucelli Seguradora, no valor de R$ 1,6 milhão, para um “seguro de garantia judicial” da Sanepar.
Em 2014, Joel Malucelli tentou ser candidato a governador pelo PSD. Ao cabo, porém, o partido se coligou ao PSDB de Beto Richa, que venceu no primeiro turno.
O principal patrocinador do PSD do Paraná foi o próprio Joel: doou R$ 3,45 milhões para o PSD em 2014.
Malucelli também é dono das repetidoras da TV Bandeirantes do Paraná; e das principais rádios integrantes do Sistema Globo, CBN e Rádio Globo.
Outra construtora fortemente ligada ao PSDB, que teria bastante interesse em ver as grandes empreiteiras destruídas, é a Valadares Gontijo, que doou, através de uma de suas herdeiras, Ana Maria Baeta Valadares Gontijo, mais de R$ 16 milhões para o PSDB, em 2010.
O valor é bem superior à doação de qualquer outra empreiteira ao PSDB, ou a qualquer partido.
É também a doação individual mais alta já feita no país, em qualquer época.
Doações individuais muito altas, em geral, são feitas por doadores-candidatos, o que não é o caso de Ana Maria.
Malucelli e Valadares Gontijo, portanto, são os primeiros suspeitos de integrarem o elo financeiro de uma conspiração que pode lucrar, e muito com os desdobramentos da Lava Jato.
Em novembro de 2013, a JMalucelli anuncia o maior contrato da história da construtora, R$ 800 milhões, para participar das obras da hidrelétrica de Jirau, substituindo a Camargo Correa, cujas relações com o Consórcio Energia Sustentável do Brasil, controlador da Jirau, haviam “azedado”.
A informação confirma que a JMalucelli, cujo dono é suplente do senador Alvaro Dias, além de seu maior doador, tende a ser uma das principais beneficiadas com a destruição das empreiteiras acusadas na Lava Jato.
O grupo Malucelli possui, dentre dezenas de empresas, um importante banco, o Paraná Banco, que registrou um lucro líquido de R$ 150,2 milhões em 2014, alta de 15% sobre o ano anterior. Os ativos totais do banco totalizaram R$ 6,1 bilhões ao final do ano passado, avanço de 25%.
Possivelmente, o Paraná Banco, que trabalha principalmente com oferta de crédito para o funcionalismo público do estado, foi um dos grandes beneficiados com o desaparecimento do Banestado, o banco público do Paraná, vendido para o Itaú por uma bagatela.
O Banestado foi destruído após o saque promovido por sucessivos governos demotucanos.
Mais tarde, o juiz Sergio Moro – mais coincidências – seria o responsável por julgar os desdobramentos penais do escândalo Banestado, que tinha como pivô o mesmo Alberto Youssef.
As relações de Joel Malucelli com a Globo, sua rede de relações no Paraná, sua ligação orgânica com o PSDB, fazem dele um dos principais suspeitos de integrar o núcleo de uma operação política para derrubar Dilma Roussef.
Essa é uma investigação, de qualquer forma, que está só começando.
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