pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho real: Afinal, sai ou não sai essa tal lista Janot?
Powered By Blogger

sexta-feira, 6 de março de 2015

Tijolinho real: Afinal, sai ou não sai essa tal lista Janot?

O mundo político está em polvorosa e a nossa combalida democracia representativa cada vez mais vulnerável. Praticamente abdicando dos avanços progressistas conquistadas nas últimas décadas de governo da coalizão petista - em nome de uma suposta governabilidade - a presidente Dilma Rousseff estabeleceu um link com os setores mais conservadores do espectro político brasileiro que, praticamente, aplicaram um torniquete ao seu Governo - que vive sob a ameaça até mesmo de um pedido de impeachment - com um "Fora Dilma" programado para o próximo dia 15 de março. As centrais sindicais - inclusive a CUT - também estão nas ruas protestando contra as recentes medidas provisórias que atentam contra os interesses dos trabalhadores. Neste arremedo de mundo político, ser republicano pode significar a morte. É o que possivelmente está ocorrendo com a tal lista do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Através da delação premiada, tanto o doleiro Alberto Youssef quanto o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, citam nominalmente o nome de dois figurões do PMDB, ambos ocupando espaços relevantes no poder Legislativo. Um deles, o Eduardo Cunha, é o presidente da Câmara dos Deputados e o outro, o senador Renan Calheiros, preside o Senado Federal. Estamos diante de uma possível combustão política de efeitos imprevisíveis. Segundo se informa, o presidente do PMDB, Michel Temer, em reuniões de "trabalho" com o próprio Janot e o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, teria sido informado sobre os nomes que constam da lista das 54 pessoas denunciadas, com ou sem mandato parlamentar, envolvidas nas falcatruas da Operação Lava Jato. Janot deve enviar 28 pedidos de abertura inquéritos ao STF. As escaramuças já começaram. Renan deixou de participar de um jantar com a presidente e devolveu a medida provisória que reduz a desoneração da folha de pagamento, algo crucial para a área econômica. Janot cumpre o seu papel de zelar pelo interesse público e o Governo Dilma, mais uma vez, demonstra sua disposição de punir, com os rigores da lei, os maus feitores da Viúva. Pena que, num contexto político como o nosso, isso pode trazer inúmeros problemas para essa tal governabilidade. Posso imaginar o que diriam os estudiosos de uma democracia cujas instituições não sobrevivem à punição exemplar dos gatunos do Erário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário