Não apenas o aparelho de Estado, mas a sociedade através dos canais competentes - precisa ter um controle rígido sobre as ações da polícia. Isso não e muito fácil de ser exercido, haja visto os abusos, a despeito da atuação do Ministério Público e das Corregedorias setoriais. Segurança Pública, como afirmamos em artigo, é um problema de toda a sociedade. Se um elo falha, os bons resultados almejados estarão irremediavelmentecomprometidos. Um bom exemplo são as UPPs instaladas no Rio de Janeiro, onde o Estado calculou - assim como numa guerra - que bastava ocupar militarmente as favelas antes dominadas pelos chefes do tráfico de drogas. Não foram realizados investimentos em obras e políticas públicas estruturadoras que, de fato, demarcassem a presença efetiva do Estado. O resultado e que essas favelas se tornaram um palco de guerra, com violações claras dos direitos humanos. Outro caso são as inexistentes políticas de "ressocialização" dos apenados, abandonados nos cárceres, entregues à própria sorte, sem qualquer assistência do Estado. Faço essas observações para retomar aqui uma discussão que está ocorrendo em São Paulo sobre a atuação da sua polícia de elite, a Rota ( Rondas Ostensivas Tobias Aguiar). A Rota é a polícia que mais mata no Estado. Está no DNA da Rota matar. Nos parece que, pela fala do atual secretário de segurança pública do Estado, haverá, a partir de agora, um acompanhamento mais rigoroso da atuação dessa tropa, numa tentativa de coibir possíveis excessos. O secretário terá um trabalho duro pela frente. Não é fácil realizar um monitoramento dessas ações. Para que se tenha uma ideia, até recentemente, um ex-secretário da pasta estava sendo grampeado pelos próprios companheiros, que desejavam seu afastamento da pasta. Aqui em Pernambuco, mesmo acompanhado por sua assessoria de imprensa, um ex-secretário, durante uma entrevista, esqueceu que era secretário de segurança e pronunciou-se como analista social. Caiu logo em seguida.
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