A tentativa de golpe “institucional” perpetrada pelo
televisão, um juiz de primeira instância, o PMDB de Michel Temer e a oposição
sofreu, ontem, uma reviravolta. Se os golpistas da hora já davam como favas
contadas que o apoio do PMDB (com a posse de Temer na cadeira de Dilma) ia
sacramentar a manobra na Câmara dos Deputados, devem estar agora refazendo os
cálculos. Se se configurar a isonomia de tratamento dado pelos parlamentares a
Dilma e Temer, no caso das chamadas “pedaladas fiscais” ou “as operações de
antecipação de crédito”, não há razão (ou benefícios) para o PMDB apoiar essa
manobra golpista, sem nenhuma base legal ou jurídica. Isso significa que pode
faltar o apoio necessário aos adeptos do “impeachment” para aprovar a
admissibilidade do processo.
Por outro lado, essa reviravolta criou a oportunidade dos
oportunistas de toda espécie tirarem suas máscaras de “bons moços” e “boas
moças” e mostrarem a cara. A tese estapafúrdia da irmã Marina Silva de
convocação de eleições gerais, só falta ter a assinatura do oportunismo
eleitoral dela e seus confrades. Além de se chocar com o mandato dos atuais
parlamentares. Desde quando o Legislativo brasileiro deu exemplo de altivez ou
magnanimidade, abrindo mão de seus cargos, mandatos ou prerrogativas em benefício
do País, da democracia, da virtude cívica? – Nunca.
O que ele tem feito –
principalmente, a atual legislatura – é transformar o Parlamento num mercado
persa, vendendo, alugando, emprestando apoios duvidosos e circunstanciais às
piores causas e aventuras que se possa imaginar. Que Marina espere sentada o
calendário eleitoral de 2018 e tente convencer à opinião pública de que é uma
candidata séria, viável para governar o país. Até lá, se não puder ajudar, não
atrapalhe com essas ideias mirabolantes de quem quer chegar ao poder, através
de atalhos e desvios, aproveitando-se da crise política que ora atravessamos no
Brasil. Democratas de ocasião, que só defendem o País quando lhes
convém, quando a defesa pode trazer um benefício imediato a seus interesses. A
política brasileira está cheia dessa caricatura de estadistas e patriotas, para
fora “bela viola”, para dentro “pão bolorento”.
Michel Zaidan Filho é filósofo, historiador, cientista político, professor titular da Universidade Federal de Pernambuco e coordenador do Núcleo de Estudos Eleitorais, Partidários e da Democracia.
O Romero Jucá, na verdade, cometeu um crime contra a LEI DE SEGURANÇA NACIONAL, ao articular, promover e executar, um golpe de estado Cintra o governo federal, da presidenta Dilma Vana Rousseff, por meio de processo de impeachment encomendado, além dos crimes de formação de quadrilha e tentativa de obstrução da justiça, no caso da operação Lava Jato...
ResponderExcluirAdemir W Cavalcanti