As últimas horas em Pernambuco foram de intensa movimentação política. Algumas delas diretamente relacionadas às próximas eleições municipais de 2016, onde o prefeito Geraldo Júlio(PSB) tentará a reeleição e onde outros postulantes tentam consolidar seus nomes para aquela disputa. A saída da vereadora Aline Mariano(PSDB) dos quadros da Prefeitura da Cidade do Recife, por exemplo, surge num arranjo que poderá favorecer o projeto de reeleição do prefeito Geraldo Júlio - uma vez que é dada como certa sua filiação ao PDT, partido que apoia esse projeto - mas abre as esperanças nos hostes tucanas sobre a consolidação do nome do Deputado Federal Daniel Coelho(PSDB) como candidato a prefeito, como desejam alguns correligionários.
Durante a semana também se especulou sobre um possível estreitamento das relações entre o Deputado Federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o prefeito Geraldo Júlio(PSB). Ambos estavam com a relação em banho maria. Faz algum tempo que Geraldo não é mais convidado para aquele tradicional "cozido" realizado ali na Praia do Janga. A "ponte" poderia ser o governador Paulo Câmara, para quem a reeleição de Geraldo Júlio poderá representar uma sobrevida política ou o fim melancólico do quadro "técnico" socialista. As negociações previam, dizem, a nomeação do Deputado Estadual Carlos Maniçoba - hoje filiado ao PMDB - para a Secretaria de Agricultura, abrindo espaço para Luciano Bivar assumir o mandato. Na outra ponta, Jarbas Vasconcelos poderia indicar um nome do seu staff político para substituir Luciano Siqueira(PCdoB) na condição de candidato a vice de Geraldo Júlio nas eleições de 2016. Registre-se aqui que Jarbas Vasconcelos não confirmou tais negociações e o titular da pasta da Agricultua, Nilton Mota, afirmou que permanece no cargo.
Como disse antes, uma semana de intensas movimentações políticas que prefiro comentar com mais calma, nos nossos artigos de monitoramento das eleições do Recife, que publicamos com frequência aqui pelo blog. Isto sem falar no "inchaço" do PSB de Pernambuco, com a adesão de vários nomes às suas fileiras, atraídos sabe lá pelo que. Talvez uma possibilidade concreta de poder. Mas, a rigor, isto não se constitui nenhuma surpresa. Desde a época do ex-governador Eduardo Campos, a agremiação já havia se tornado num partido catch all.
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