Durante o Governo de Jair Bolsonaro ocorreu uma espécie de apagão na FUNAI. A FUNAI estava entre aqueles órgãos que desenvolviam políticas públicas que não se coadunavam com as diretrizes emanadas pelo poder central, sendo, naturalmente vítima daqueles torniquetes institucionais típicos, como redução de quadros, contenção de verbas de custeios, limites de concessões de diárias. Um conjunto de medidas destinadas a estrangular sua operacionalidade. Até um militar, sem qualquer vinculação indigenista foi indicado para dirigir o órgão, quando um antropólogo com especialização seria o mais adequado.
Lutando contra todas essas forças, o antropólogo pernambucano, Bruno Pereira, continuou realizando seu trabalho e pagou com a vida ao fiscalizar operações ilegais em terras indígenas. A Polícia Federal concluiu que Bruno foi morto a mando de organizações criminosas que operam na região, incomodadas com o seu trabalho. Seu corpo foi enterrado em terras úmidas, com o propósito de antecipar a decomposição, dificultado eventuais identificação. Bruno foi morto juntamente com o jornalista Dom Phillips, que realizava um trabalho para o jornal inglês The Guardian.
Até recentemente, numa plenária convocada pelo Governo Lula para tratar do problema da segurança pública no país, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que a região da Amazonas está completamente dominada por facções do crime organizado. Segundo ele, nem a FUNAI consegue entrar ali sem autorização dessas organizações, numa evidência da complexidade do problema, que, ao se confirmarem suas informações, o Governo Lula3 não conseguiu reverter a situação.
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