Os acordos de delações premiadas, por motivos que escapam à nossa alçada, estão sendo banalizados no país. A anulação dos acordos celebrados neste sentido no curso da Operação Lava Jato, todos praticamente anulados posteriormente, deram sua contribuição neste aspecto. O mais recentes, como os do ex-militar Ronnie Lessa, autor confesso do assassinato da vereadora Marielle Franco, assim como o do ex-ajudante de ordens da Presidência da República no Governo Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, também tiveram seus problemas. Neste último caso, a Polícia Federal teria recomendado ao Supremo Tribunal Federal reavaliar o acordo, depois que verificou que algumas informações foram suprimidas pelo beneficiário.
Como a imprensa vaza tudo, segundo dizem, no encontro com o Ministro Alexandre de Moraes, ele já teria preparado a mala para uma nova determinação de prisão. A oitiva foi positiva e o acordo foi mantido pelo ministro. Pelo andar da carruagem política, com todo mundo querendo tirar o corpo fora da tentativa de golpe, novos acordos de delação premiada estão sendo cogitados. O general Mário Fernandes, acusado de ter participado das tessituras golpistas de acordo com relatório da Polícia Federal, certamente insatisfeito com a linha de defesa que vem sendo adotada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, supõe-se que teria manifestado o deseja de fazer delação sobre o caso.
Estaria sendo aconselhado neste sentido pela sua família e por sua defesa. Fernandes estaria muito abalado psicologicamente. Um fato curioso é que o Exército teria vetado o acesso à sua dissertação de mestrado. Isso vem repercutindo enormemente pela imprensa, principalmente numa era dos repositórios, onde as universidades públicas e privadas fazem questão de dar publicidade aos trabalhos dos seus alunos e alunas dos programas de mestrado e doutorado. Salvo melhor juízo, um jornal das Alterosas antecipou-se ao veto e divulgou o teor do que fora discutido na dissertação.
É certamente um peso e duas medidas. Quando é um investigado que não tem dinheiro a justiça chega rápido à conclusão do inquérito e manda cumprir a pena. Quando é um militar ou um endinheirado o processo demora anos gastando dinheiro publico.
ResponderExcluirBoa tarde. Obrigado por sua manifestação aqui pelo blog. Importante a referência ao dinheiro público envolvido nesses programas de delação premiada.
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