Hoje estarão sendo realizadas no Recife, através de um
processo de consulta interna, a escolha do nome que deverá
representar o PT nas próximas eleições municipais de 2012. Já houve um tempo em
que podíamos falar de uma “festa da democracia”. Hoje, infelizmente, como
afirmamos num artigo recente, não é mais possível medir o pulso da democracia
interna do PT através das prévias. Naturalmente, como afirmamos no mesmo
artigo, a experiência de democracia interna do PT é única no Brasil e, em
nenhuma hipótese, pode ser posta no lixo da história. Por outro lado, essas
escolha internas passaram a ser indicadores do grau de tensionamento e divisões
internas da agremiação, controlada por uma aristocracia partidária muito mais
preocupado em preservar seus espaços de poder e bastante deslocada da organicidade de
antes. Essa organicidade juntos aos movimentos sociais, inclsuive, constituia-se num dos fatores que diferenciavam o PT dos demais partidos do sistema
partidário brasileiro, conferindo-lhes o status de verdadeiro partido político
de massa. Embora seus dirigentes afirmem isso insistentemente, não há
possibilidade da construção de consensos depois dessas prévias. As declarações recentes de João Paulo evidenciam isso. O prefeito
João da Costa, por sua vez, é um poço até aqui de mágoas. Vencendo ou perdendo as prévias,
João da Costa cria um cenário bastante delicado para o Partido dos
Trabalhadores e para a Frente Popular no Recife. Em respeito a ambos os candidatos, não
gostaria de apresentar um prognóstico, mas essa viagem de João Paulo no dia do
esforço final é bastante sintomática. Outro elemento que não pode deixar de ser
considerado é aquele bêbado de Brasília Teimosa que, durante a visita de
Maurício Rands, como numa crônica de Nelson Rodrigues, impertinentemente,
insistia em afirmar: “o João vai ser campeão!!! O João vai ser campeão!!! Ninguém quis perguntar sobre qual o "João" ele se referia.
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