João Paulo e Jarbas juntos, em tese, poderia mudar a correlação de forças políticas no Estado.

Agora, por ocasião do distensionamento da relação entre o senador Jarbas Vasconcelos e o governador do Estado, Eduardo Campos, voltou-se a comentar sobre um possível encontro entre o senador e o deputado federal e ex-prefeito do Recife, João Paulo, no momento em que este pensou em sair do Partido dos Trabalhadores, uma novela, sem capítulo final, que se estendeu por vários meses. O passe de João Paulo chegou a ser cobiçado, oficialmente, pelo PMDB e pelo PV. Este último chegou a preparar a festa de recepção, mas, na hora “h”, João anunciou que ficaria no PT. Com o PMDB, a julgar pelas informações da colunista de política da Folha de Pernambuco, a jovem Renata Bezerra, as negociações foram mais discretas, envolvendo, inclusive, encontros secretos entre os caciques da legenda, onde ficou acordado que o conversado não vazaria para a imprensa. Em Brasília, João Paulo teria tido um encontro com Jarbas Vasconcelos, na presença de Michel Temer e Valdir Raupp. Não chegaram ao “acordo” que poderia mudar substantivamente a correlação de forças no cenário político pernambucano, quem sabe inviabilizando a aproximação entre Jarbas e Eduardo Campos, uma vez que abriria-se a possibilidade de construção de uma contra-hegemonia.Certamente, João seria candidato a prefeito, com o apoio de Jarbas Vasconcelos, com todas as chances de sair vitorioso do pleito. É bom sempre observar que este seria apenas um dos cenários possíveis. Mas, pela grande capacidade de agregação de Eduardo, também não seria surpresa que os três, logo em seguida, agendassem um almoço no Campo das Princesas, regado a uma pescada amarela com arroz branco e um suco de araçá silvestre, digerindo os projetos nacionais do "Moleque" dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco.