Todas as eleições dirijo-me à cidade de Paulista, onde nasci, para cumprir o dever cívico de votar. Nunca transferi meu título. Os amigos de infância já não os vejo, mas é uma ótima oportunidade de contemplar as frondosas paineiras de minha meninice, refazer os caminhos dos verdes anos, quando tomava banhos nos açudes da mata do frio, ouvia o canto das Arapongas (Ferreiros) e, lá pelas tardinhas, organizava uma tradicional pelada nos campos de várzea que não existem mais. O entusiasmo é o de sempre, embora a quadra política municipal continue me decepcionando. Paulista é carente de homens com espírito público.O quadro que se avizinha para as próximas candidaturas municipais à Câmara Federal e para a Assembléia Legislativa é um bom exemplo disso. Numa atitude tipicamente coronelista, o Palácio do Campo das Princesas já teria determinado que o atual prefeito apoie o nome de um dos nossos senadores para a Deputado Federal. As ações e atitudes de um dos seus secretários dimensionam tipicamente que o cargo lhes foi dado de bandeja para ele se esbaldar em campanha aberta e sem o menor pudor. Uma vergonha. O outro candidato do município à ALEPE é um ex-prefeito de dois mandatos que não foi capaz de melhorar os indicadores de educação da cidade, um dos piores na avaliação do IDEB. Para completar o enredo, foi convidado, possivelmente em nome de sua competência, para assumir uma assessoria especial no Palácio.
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