O município de Paulista tem um sério problema de inanição política.
Isso já foi dito por mim em outras oportunidades. A própria origem
oligárquica da cidade é um dos fatores
que interditam a possibilidade de abertura de canais políticos mais
republicanos. Até recentemente, a Casa de Torres Galvão mais parecia uma
rinha do que propriamente a sede do Poder Legislativo Municipal. O
Executivo, então, não consegue atender às suas funções precípuas, ou
seja, converter recursos públicos no atendimento das demandas da
população. Paulista não possui opções de lazer para a população, seus
espaços culturais continuam literalmente abandonados. Quando o assunto
são os indicadores educacionais, então, o quadro é vergonhoso. Estamos
entre as piores cidades acima de 200 mil habitantes no ranking do IDEB.
Políticas públicas para o setor podem ser traduzidas em serestas, cafés
da manhã, pintura de prédios, visitas surpresas às escolas e coisas do
gênero. Mais de 10 anos de gestão socialista não foram suficientes para
implantar na cidade algum programa estruturador para a área de educação.
Pois muito bem. Ontem, por ocasião da visita do governador Eduardo
Campos ao município, eis que o prefeito faz um discurso republicano,
reconhecendo que o homem público é um empregado do povo. Quem terá
preparado o discurso do prefeito? Na realidade, ele quis dar uma
estocada na candidatura do senador Armando Monteiro(PTB) ao Governo do
Estado. Esquece ele que qualquer que seja a condição do cidadão, ao
assumir um cargo público, ele se torna, automaticamente, num empregado
do povo. O povo que o elegeu, que paga seus impostos e que precisa que
suas demandas sejam atendidas. O fato de ser um homem ligado ao capital,
não exime Armando Monteiro dessa premissa.
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