Outro dia publicamos aqui no Face uma reflexão de João Rego
sobre os impasses do nosso sistema político. Um arcabouço institucional moderno
- embora merecedor de alguns aperfeiçoamentos - mas convivendo com práticas
políticas arcaicas, típicas de uma republiqueta de bananas, sem nenhum demérito
a essas republiquetas. Até bem pouco tempo, o Estado de Pernambuco tinha um
número expressivo de cargos comissionados, algo em torno de 3.500, o que o
colocava numa situação inusitada no contexto da região Nordeste. Salvo engano,
somente a Secretaria de Saúde possuía mais cargos comissionados do que alguns
Estados da região. Em nossa opinião, externada inúmeras vezes, um verdadeiro
contrasenso com a pregação de gestão pública moderna, meritocrática, situada no
contexto de uma "Nova Política" que se propunha a varrer os velhos
costumes de indicações políticas para a ocupação de cargos públicos.
Questionado a respeito, o Secretário de Administração do Estado, ainda teve a
disfarçatez de alegar que essas indicações estavam ancoradas em critérios
técnicos. Quem sabe temendo a repercussão desses fatos para a sua campanha
presidencial, o governador, antes de sair, anunciou o corte de alguns desses
cargos. Contraditoriamente, a Prefeitura da Cidade do Recife, também administrada
pelo PSB, que alardeava a redução das despesas de pessoal com a extinção de 632
cargos comissionados no início da gestão, agora anuncia a contratação de 150
novos cargos, com salários que variam de R$ 8 a 11 mil reais, gerando um ônus
aos cofres públicos da ordem de 18,7 milhões/ano. Realmente, can not
understand!
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