Rapaz, é impressionante como as coisas vão tomando determinados rumos aqui pelas redes sociais. Rumos, por vezes, perigosos, assim como tem sido conduzido o "debate" sobre a atitude do jogador Daniel Alves. O caso de Daniel Alves vem se transformando numa paródia de humor, numa simples banalização da luta contra o racismo. Já foi apropriada até mesmo pelo sistema, que a incorporou numa bem-sucedida campanha de marketing para vender as camisetas de um oportunista apresentador de televisão. Em entrevista, o jogador afirmar que a sua atitude - analisada por alguns como de protesto - não teve essa conotação. Chamar uma pessoa de cor negra de macaco é uma atitude essencialmente ofensiva, passível de punição prevista em lei. Ponto. A lei deve ser aplicada, na defesa da integridade da pessoa que foi atingida pela ofensa. Naquele caso específico - onde torna-se muito improvável indentificar o autor da façanha - há como aplicar uma punição coletiva, como reversão do mando de campo, perda dos pontos da partida ou multa. Não entendo muito bem de direito desportivo, mas, nos parece que a tendência, hoje, é no sentido de punir a torcida do time que adotou a tal postura de cunho racista aplicando-se uma multa. Aparecer com a família degustando uma saborosa banana não vai resolver o problema e, nem tão pouco poderia ser enquadrada como uma atitude de solidariedade ou pedagógica. O que há de anti-racista em aparecer num vídeo comendo uma banana? Daniel Alves não precisa desses apoios. Aliás, ele afirmou, com todas as tintas, que a atitude desses torcedores já se tornaram banais. O que precisamos, nesse caso, é aprimorar os expedientes de punição. Alguém outro dia, por exemplo, estava lembrando que, apesar desses fatos ocorrerem com certa frequência, não se escuta um único pronunciamento de Pelé sobre o assunto.
terça-feira, 29 de abril de 2014
Quem foi que disse que comer banana é uma atitude anti-racista?
Rapaz, é impressionante como as coisas vão tomando determinados rumos aqui pelas redes sociais. Rumos, por vezes, perigosos, assim como tem sido conduzido o "debate" sobre a atitude do jogador Daniel Alves. O caso de Daniel Alves vem se transformando numa paródia de humor, numa simples banalização da luta contra o racismo. Já foi apropriada até mesmo pelo sistema, que a incorporou numa bem-sucedida campanha de marketing para vender as camisetas de um oportunista apresentador de televisão. Em entrevista, o jogador afirmar que a sua atitude - analisada por alguns como de protesto - não teve essa conotação. Chamar uma pessoa de cor negra de macaco é uma atitude essencialmente ofensiva, passível de punição prevista em lei. Ponto. A lei deve ser aplicada, na defesa da integridade da pessoa que foi atingida pela ofensa. Naquele caso específico - onde torna-se muito improvável indentificar o autor da façanha - há como aplicar uma punição coletiva, como reversão do mando de campo, perda dos pontos da partida ou multa. Não entendo muito bem de direito desportivo, mas, nos parece que a tendência, hoje, é no sentido de punir a torcida do time que adotou a tal postura de cunho racista aplicando-se uma multa. Aparecer com a família degustando uma saborosa banana não vai resolver o problema e, nem tão pouco poderia ser enquadrada como uma atitude de solidariedade ou pedagógica. O que há de anti-racista em aparecer num vídeo comendo uma banana? Daniel Alves não precisa desses apoios. Aliás, ele afirmou, com todas as tintas, que a atitude desses torcedores já se tornaram banais. O que precisamos, nesse caso, é aprimorar os expedientes de punição. Alguém outro dia, por exemplo, estava lembrando que, apesar desses fatos ocorrerem com certa frequência, não se escuta um único pronunciamento de Pelé sobre o assunto.
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