Recentemente li um artigo polêmico sobre o Pacto pela Vida, a festejada política de segurança pública do Governo de Pernambuco, que se tornou um produto de exportação para alguns Estados da região Nordeste, inclusive para a Bahia. Sobretudo à época em Eduardo Campos esteve mais ligado ao Planalto, alguns governadores petistas - inclusive Jaques Wagner - participaram de suas famosas reuniões de monitoramento do Pacto pela Vida. José Luiz Ratton, um dos idealizadores do programa, assessorou diretamente as concepções de políticas públicas - até onde eu sei - no Governo socialista da paraíba. Antes mesmo de assumir o Governo - em suas famosas caravanas - o hoje governador Ricardo Coutinho(PSB) contava com a participação de Ratton. O quadro na Bahia é caótico. Em apenas 02 dias de greve, estima-se que tenha ocorrido 55 homicídios, além de saques e prisão domiciliar dos turistas que se dirigiram àquele Estado durante o feriado. Em nenhuma hipótese poderia tratar desse assunto movido por injunções ideológicas. Segurança Pública é coisa série e assim merece ser tratada. Sinto que as análises dos problemas enfrentados pelo Estado da Bahia estão bastante enviesadas. Estados como Rio de Janeiro e São Paulo onde as políticas de segurança pública tornaram-se políticas de Estado, os problemas no setor estão sendo enfrentados. Aqui na região, durante décadas, as coisas ocorreram a toque de caixa, sem um planejamento sistemático. O resultado é que, enquanto Estados como Rio e São Paulo conseguiram reduzir os seus índices históricos, a violência parece ter migrado para a Região Nordeste.
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