pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho Real: Dilma não vetará a PL 4330
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domingo, 12 de abril de 2015

Tijolinho Real: Dilma não vetará a PL 4330








Um dos assuntos mais comentados aqui pelas redes sociais ainda é a PL 4330 ou o Projeto de Lei que regulamenta a terceirização do trabalho. Depois de muita discussão, o  texto-base foi  aprovado na Câmara dos Deputados, em sessão tumultuada. Expressivos contingentes sociais torcem para que a presidente Dilma Rousseff vete o projeto. Dentre os partidos políticos, algumas decepções, como o voto fechado do PDT - quem diria - a favor do projeto de lei. O PT votou contra; uma ou outra defecção no PMDB; o PSDB, como já era previsto, votou fechado pela aprovação da PL 4330. No PCdoB, um partido que em toda a sua história nunca votou contra os trabalhadores, desta vez contou com uma honrosa exceção, representada pelo deputado neo-comunista pernambucano Carlos Eduardo Cadoca. Aqui torna-se difícil realizar uma clivagem ideológica. Nem Cadoca nunca foi comunista, e faz algum tempo que a turma do PCdoB deixou de sê-lo. Os trabalhistas do PDT também votaram pela aprovação do projeto. O senador Cristovam Buarque​, adjetivou de vergonhosa a posição do PDT. De fato, uma atitude que depõe contra a trajetória da agremiação à qual esteve vinculado atores políticos da estirpe de um Darcy Ribeiro e Leonel Brizola. Ressalve-se que toda a família Brizola, com a qual mantemos contato nas redes sociais, se manifestou contra a decisão do partido.

Na realidade, a aprovação da PL 4330 representa um grande retrocesso no que concerne às conquistas históricas da classe trabalhadora. Menores salários, mais acidentes, menos concursos públicos, enfim, uma crescente precarização das condições de trabalho. Estudos do DIEESE indicam que a redução salarial entre os terceirizados fica em torno de 29%. É um conjunto de medidas que só interessam ao capital. As entidades ligadas aos trabalhadores estão mobilizadas em todo o país no sentido de pressionar por sua reversão, hoje nas mãos da presidente Dilma Rousseff, que tem a prerrogativa de vetar o projeto.  Com raros lampejos de lucidez - caso da indicação de Renato Janine para a educação - o fato é que a presidente encontra-se num momento político delicado. Até seu Ministro do Trabalho já fez rasgados elogios ao projeto. É muito pouco provável que Dilma vete o projeto. Infelizmente. Essa tal governabilidade tolhe significativamente a margem de manobra dos governantes. A economia está nas mãos do PSDB e a política nas mãos do PMDB. Estamos em maus lençóis. 

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