A decretação da prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, exatamente hoje, dia dos protestos contra a PL 4330, dá um enredo de novela mexicana, mas não pretendemos ir tão longe. Que o tal juiz parece intencionado em prejudicar o PT, fica bastante patente. Há quem informe que, nas suas ouvidas dos delatores, o juiz costuma bater forte na mesa e exibir uma mão com "quatro dedos" para os seus interlocutores. Isso poderia ser apenas folclore, se não fosse sustentada por outros fatos, onde a "seletividade" do magistrado parece inegável. Também não vamos aqui defender o indefensável, apenas por nossa identificação com os governos de coalizão petista. Nem o PT deveria fazê-lo, como o fez o dirigente Rui Falcão, que jurou inocência do tesoureiro. Recentemente, Vaccari fez um pronunciamento bastante tumultuado em sessão na Câmara dos Deputados. Foi evasivo nalgumas resposta e defendeu o partido no tocante a possíveis envolvimentos nas falcatruas da Operação Lava Jato. Vaccari foi recebido em festa no encontro comemorativo aos 35 anos do Partido dos Trabalhadores. Isso ocorreu logo após algumas declarações desabonadoras sobre a sua conduta, a partir dos depoimentos dos delatores. As peças vão se encaixando, numa sequência de declarações que comprometem, a cada dia, a sua negativa de mal-feitos. Certamente em razão disso, o tal juiz federal do Paraná decretou sua prisão. São muitos depoimentos comprometedores. Um deles afirma que repassou dinheiro para o tesoureiro; outro cita até o hotel onde o tesoureiro costumava se encontrar com os operadores do esquema; este último afirma ter feito depósito na conta de sua esposa. Aliás, a esposa de Vaccari também teve a prisão decretada. A pressão contra o tesoureiro será grande. Vocês já imaginaram Vaccari como mais um delator premiado? Tremei, República.
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