pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho Real: Qual a receita desse cozido, deputado?
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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Tijolinho Real: Qual a receita desse cozido, deputado?




Todos os anos, um ex-senador da República, realiza um tradicional cozido em sua casa de praia localizada na Praia do Janga, em Paulista. Quando Dr. Miguel Arraes era vivo, a turma que se reunia em torno dessa mesa ficou conhecida como "a turma do cozido". Por essa época, existia um acirramento de ânimos entre ambos e a turma era observada com muita cautela pelo Palácio do Campo das Princesas. Mal podia prever Arraes que, depois de sua morte, o próprio neto, o ex-governador Eduardo Campos, não teve a menor cerimônia em se lambuzar nas guloseimas servidas na orgia gastronômica do Janga. Uma reaproximação apenas de conveniência, onde ambos tentavam, cada um ao seu modo, viabilizar seus projetos políticos. Eduardo Campos era candidato à presidência e, àquela época, tentava construir uma alternativa de contraposição ao PT, cujo senador havia se tornado um ator político estratégico neste processo. Logo depois do encontro, o ex-senador, ainda com os lábios adocicados pelo doce de leite da sobremesa, não teve a menor cerimônia de alardear que o caminho do ex-governador seria irremediavelmente afastar-se do PT. Diante da "eduardolização" da política pernambucana, o último suspiro do ex-senador seria aquela aliança com neto do seu desafeto político. Era isso ou o fim melancólico de sua carreira política. Ele mesmo reconheceria isso, diante da fragilização do PMDB pernambucano. Assim como no preparo do cozido, os ingredientes - adquiridos no Mercado da Encruzilhada - foram se ajeitando. Elegeu-se deputado federal, emplacou um afilhado na vice-governadoria do Estado e arrumou um emprego para o filho na Prefeitura da Cidade do Recife, comandada por Geraldo Júlio, que esteve presente à festa. Independentemente da situação caótica em que se encontra o Estado, os convivas pareciam muito felizes, sorrindo bastante, embora não se saiba exatamente do que. Afinal, do que eles riam? Há alguns dias começaram algumas especulações em torno de uma provável candidatura do ex-senador à Prefeitura da Cidade do Recife, nas eleições de 2016. Segundo comenta-se nas coxias, esse assunto tornou-se recorrente entre a bancada pernambucana. Podemos até estarmos enganados, mas nos parece que os neo-socialistas tupiniquins andam à procura de uma liderança política que possa, digamos assim, galvanizar o grupo. Pouco provável que o ex-senador possa cumprir esse papel. 

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