Muita gente já entrou em polêmica com o blogueiro da revista Veja, Reinaldo Azevedo. Reinaldo era editor da Revista Primeira Leitura. Salvo pela linha editorial, já então bastante tendenciosa, devo afirmar que, em termos de alguns conteúdos, tratava-se de uma publicação de bom nível. Pouco tempo depois, a revista entrou em processo falimentar. Eles honraram o compromisso com os assinantes, oferecendo a possibilidade de devolução do dinheiro pago. Por essa época, poderia não concordar com Reinaldo Azevedo em muitos aspectos, mas a forma como foi conduzida a crise da revista Primeira Leitura nos causou uma boa impressão do sujeito. Logo em seguida, ele passou a ser colunista da Revista Veja. Penso que aqui, de fato, começou sua descida ao inferno. Contingenciado pela linha editorial da nova publicação e aliado às primeiras indisposição com o público, ele deixou cair de uma vez a carapaça e passou a assumir posições marcadamente de direita, tornando-se uma espécie de intelectual orgânico de nossa elite, assim como Pondé, Olavo de Carvalho e Diego Mainardi. Agora foi o teólogo Leonardo Boff que entrou nesse polêmica, afirmando que o blogueiro bem que poderia ser comparado ao besouro embola bosta. Na nossa infância, esses besouros eram muito comuns, principalmente nas casas onde havia a criação de porcos. Trata-se de uma espécie sanitarista, destas que ajudam bastante a natureza. Eles possuem um hábito curioso: se alimentam de fezes de animais. No processo reprodutivo, costumam depositar seus ovos dentro de torrão de fezes e empurrá-los até um local seguro, onde cavam um buraco e o enterra. Quando os ovos eclodem, já encontram o primeiro alimento. Há quem afirme que Leonardo Boff nunca foi tão feliz ao estabelecer essa comparação.
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