Ao fazermos um comentário no, dia de ontem, sobre as eleições
paulistas, informávamos sobre o clima de otimismo do PT diante de uma possível
reação nas pesquisas do candidato Fernando Haddad. Como política é (prefiro
são) como as nuvens, como aconselhava uma velha raposa da política mineira, logo esse otimismo foi convertido em apreensão pelo staff de campanha do ex-ministro da
Educação do Governo Lula. O Instituto Datafolha veio à boca do palco para
informar que não há o que comemorar. Apesar do impulso do último final de
semana, Haddad perdeu alguns pontinhos e aparece com 15% das intenções de voto,
enquanto seu principal oponente, José Serra, pontua em torno de 21%,
mantendo-se com certa estabilidade. Na realidade, no cenário de hoje, o que
Haddad disputa é quem vai para o segundo turno com Celso Russomanno. Na
verdade, numa análise objetiva dos números, sem a emoção dos petistas, não havia mesmo o que
comemorar. O levantamento do Vox Populi, a pedido do PT, indicou uma ligeira
vantagem de Haddad sobre Serra, não superior a um ponto percentual, ou seja,
Haddad aparecia com 18% enquanto Serra pontuava com 17% das intenções de voto.
Se consideramos a margem de erro, algo em torno de 3%, Haddad poderia,
inclusive, como sugere o resultado do Datafolha, ainda não ter superado Serra.
Na praça paulista o PT trava sua batalha campal, conforme já informamos.
Pretende-se ali, salvar a jóia da coroa do partido. Desbancar o PSDB do seu
ninho mais emplumado, já faz algum tempo, tornou-se uma idéia fixa para Lula.
As circunstâncias da “fadiga de material” estão ajudando o PT nessa empreitada.
O que eles não contavam (ops) era com o elemento novo no imaginário coletivo do
eleitor paulista, hoje muito mais identificado com Celso Russomanno. Como
afirmou o jornalista Josias de Sousa, no seu blog do portal Portal UOl, um ex-azarão, posto que
favorito para vencer o pleito paulista, no momento, apesar dos problemas já apontados pelo
editor do Blog do Jolugue. Um outro fato que pode ser identificado com a
pesquisa do Instituto Datafolha, é preciso entender, entretanto, que ela
possivelmente foi realizada antes do “impulso” do Centro de Tradições, é que é
dúbio concluir que a entrada de Marta Suplicy na campanha opere o milagre da
reversão do quadro. Conforme já afirmamos, o Planalto fez uma aposta demasiada
na capacidade de transferência de votos da senadora.
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