pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Nova ministra da Cultura, Marta se diz "horanda"
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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Nova ministra da Cultura, Marta se diz "horanda"

                    
Nova ministra da Cultura, Marta se diz Foto: Sérgio Lima/Folhapress

Senadora classificou o convite da presidente Dilma para assumir o Ministério como "honroso e surpreendente" e negou que tenha qualquer relação com sua participação na campanha de Fernando Haddad: "Desde o começo da campanha eu disse que na hora que fosse fazer a diferença entraria e entrei"

11 de Setembro de 2012 às 18:44
247 - Colunista do 247, a senadora Marta Suplicy assume o Ministério da Cultura na próxima quinta-feira. Marta recebeu nesta terça-feira o convite da presidente Dilma Rousseff, que classificou como "surpreendente". "É um convite honroso e surpreendente. Vou assumir o ministério, um desafio interessante e estou muito honrada com o convite. Sou do governo e se a presidenta acha que eu devo exercer a função no ministério, vou atendê-la", disse Marta.
A senadora destacou que terá muito trabalho pela frente. "Vou tomar contato do ministério, estudá-lo antes de me pronunciar. Vou, com muita humildade, estudar todas as questões do ministério, que considero fantástico, e temos muitas coisas para fazer", disse, desmentindo que sua indicação tenha qualquer relação com a sucessão à Prefeitura de São Paulo.
A senadora vinha se mantendo afastada de eventos públicos em favor do candidato Fernando Haddad até a semana passada. "Não [tem relação]. Desde o começo da campanha do Haddad eu disse que na hora que fosse fazer a diferença entraria e entrei. Não tem nenhum vínculo [com a indicação]", disse.
Expectativa
Para o presidente da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, Eduardo Barata, que a nomeação de Marta pode resultar em mais recursos e maior força política para o MInistério da Cultura.
“Além de ter sido uma escolha política da presidenta Dilma Roussef, Marta Suplicy transita junto ao Poder Executivo com mais força. Eu tenho certeza de que haverá um outro olhar, o MinC passará a ter mais importância”, disse Barata à Agência Brasil.
Para ele, faltava à ministra Ana de Hollanda uma boa interlocução com o Parlamento, o que não ocorre com a senadora Suplicy. Duas políticas para o teatro adotadas por Marta quando prefeita de São Paulo foram elogiadas pelo presidente da APTR: a iniciativa de levar espetáculos profissionais aos CEUs (centros educacionais unificados) e a Lei de Fomento ao Teatro, que concede financiamento a grupos teatrais, dentro da meta de levar espetáculos para as regiões periféricas da cidade.
Ex-prefeita da cidade de São Paulo, a senadora petista foi ministra do Turismo durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
Nota do Editor: Por essa, nem a senadora esperava. Estava sendo articulada a sua nomeação para a Embaixada do Brasil em Washington, como parte do acordo em razão da sua desistência de candidatar-se a prefeita de São Paulo, abrindo o caminho para Fernando Haddad. Ao longo desse processo, amuada, Marta criou uma série de embaraços para o candidato indicado por Lula. Bem situada nas primeiras pesquisas de opinião - onde aparecia bem como postulante - Marta era uma peça importante na engrenagem da candidatura petista. Ora porque mantém o controle e influência sobre ala estratégica da composição do PT naquele Estado, ora porque possui densidade eleitoral onde o candidato sequer é conhecido, na periferia de São Paulo. No último domingo, abandonou a Louis Vuitton e o salto alto para acompanhar o candidato, o que já se prenunciava um acordo com o Planalto. É embaraçoso especular sobre o futuro de Marta naquele Ministério. Desde o início de sua gestão, Ana de Hollanda vinha enfrentando problemas de toda ordem, conforme exaustivamente apontado pela imprensa, seja movidos por integrantes do Governo com os quais se indispôs, seja por entidades de classe. Com a solução, Dilma Rousseff corrige alguns problemas: a) Coloca Marta de uma vez na campanha de Fernando Haddad em São Paulo, fazendo as pazes com Lula; b) Evita um problema com o Itamaraty, diexando de nomear para o cargo de embaixadora alguém que não é do quadro de carreira do órgão. Diante dos impasses que o PT está enfrentando nessas eleições, São Paulo passou a ser a maior prioridade da agremiação, uma vez que a toalha já foi jogada em  praças como Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte. 

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