Como já estamos nos aproximando da reta final das disputas, o
debate promovido pelo Sistema Jornal do Commércio, conforme já se previa,
proporcionou alguns momentos acalorados, com alguns pronunciamentos incisivos
dos candidatos. A insistência do candidato do PT em afirmar que a PPP da
Compesa significa uma privatização da companhia e o conseqüente aumento de
tarifas levou o programa, a pedido dos coordenadores de campanha de Geraldo Júlio,
a abrir o direito de resposta ao candidato. Por outro lado, a expressão
“raposas” da política, utilizada por Geraldo Júlio, levou o programa a também
abrir o direito de resposta aos atingidos pela expressão, no caso, todos os
outros postulantes. Não sobrou para ninguém. Consolidando sua imagem de
“neófilo”, de self-made-man de perfil técnico, Geraldo apontou suas baterias
para Daniel Coelho, Mendonça Filho e Humberto Costa. Como Mendonça já é um caso
encerrado, a reação maior vieram mesmo de Daniel e Humberto. Daniel, o
gastroenterologista, numa brincadeira de Geraldo, é aquele indivíduo muito bom para diagnosticar determinados
problemas, mas não sabe como equacioná-lo. Depôs muito contra Humberto a
herança maldita da gestão petista, sobretudo na área de educação e saúde, e
essa relação ambígua com a própria gestão do PT na capital pernambucana que, ele, o
tempo todo, tenta desvencilhar-se. Na realidade, o PT se meteu numa enrascada
tremenda. Pense num imbróglio.Esta´como aquele cachorro mordendo o próprio rabo. A bem do It’s True, Humberto já esteve em
lua-de-mel com João da Costa, mantendo, naquele momento, uma posição eqüidistante de João
Paulo, conforme lembrou Geraldo Júlio. Geraldo se saiu muito bem ao responder
ao candidato sobre a participação do PSB na gestão municipal. Ele não mencionou
este fato, mas, quando o prefeito precisou ausentar-se por motivo de saúde,
Milton Coelho pautou-se com bastante desenvoltura. Por outro lado, também é
verdade, o Governo do Estado fez uma tentativa de trabalho em equipe com a
Prefeitura da Cidade do Recife, mas, conforme observamos à época, Eduardo
Campos pareceu não ter gostado do que viu, decidindo ali, quem sabe, iniciar as costuras para uma candidatura própria do PSB.
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