Embora
tenha esboçado uma reação no Estado, particularmente em cidades estratégicas como
Petrolina e Olinda, o PMDB não terá vida fácil pela frente. A última rodada de
pesquisa de intenção de votos realizadas nos dois municípios indicam uma eleição
polarizada, disputada voto a voto até o dia 07 de outubro. Em Petrolina, até
recentemente, o candidato do partido Júlio Lóssio, que aparecia bem à frente de
Fernando Bezerra Coelho Filho, viu esse se aproximar do seu retrovisor na reta final,
possivelmente reflexo dos impulsos finais de campanha, onde caciques da aliança
governista entraram em cena para salvar o PSB de uma derrota no município mais
importante do Sertão do São Francisco.
Por vários motivos o Palácio do Campo das Princesas joga pesado naquele
cidade. Lóssio é aquela espinha da pescada amarela que ficou atravessada na
garganta das Princesas desde as eleições de 2010, onde infringiu uma derrota à
Frente Popular. Até Odacy Amorim já teria sido sondado para afastar-se da disputa,
mas assegura o candidato petista que vai até a reta final. Apesar do “rolo
compressor”, Lóssio ainda lidera e tem chances de continuar como prefeito do
município. Sua gestão é bem avaliada e há alguns programas sociais muito
exitosos, conforme já afirmamos, em áreas nevrálgicas da gestão pública como
educação. Em Olinda, parece-nos que a grande coligação liderada pelo prefeito
Renildo Calheiros dormiu em berço esplêndido, enquanto Izabel, literalmente, comia o mingau
quente pelas beiradas, enquanto Jacilda lavava a louça. Hoje, segundo o último levantamento de intenção de
votos, realizado pelo Instituto IPESPE e divulgado pelo Acerto de Contas,
ambos, Renildo e Izabel, estão rigorosamente empatados e, numa simulação de
segundo turno, Izabel leva uma ligeira vantagem. É voz corrente em Olinda a
insatisfação da população com a gestão do comunista, embora ele tenha a
habilidade política de congregar em torno de si uma coligação das mais
robustas, com apoios de pesos, conforme já afirmamos. O que não deve estar
pensando as deputadas Terezinha Nunes e Tereza Leitão rifadas daquela disputa. Se
Izabel, uma novata, ameaça a hegemonia política do PCdoB no município, em tese,
ambas teriam chance de se tornarem prefeita da Marim dos Caetés. A “fadiga de
material”, um mal dos políticos e partidos com muitos anos de gestão, abateu-se
sobre uma das praças mais importantes para os comunistas: Olinda.
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