Lula foi muito estimulado por alguns petistas a afastar-se do
governador Eduardo Campos. Sempre que estes petistas conseguiam um êxito nessa
manobra – como um “pito” de Lula em não receber Eduardo Campos, por exemplo –
eles comemoravam bastante. Essa tropa de choque petista é liderada pelo
presidente nacional da legenda, Rui Falcão e a eminência parda do partido, José
Dirceu. A urdidura teve vários desdobramentos, mas nem Eduardo nem Lula, como
se afirma numa linguagem popular, emprenharam pelo ouvido. Mesmo nessas
circunstâncias, quando se encontravam, tratavam de dirimir essas querelas e
intrigas, com Eduardo sempre reafirmando seu compromisso de caminharem
juntos em 2014, embora reivindicando o direito de seu partido, o PSB, consolidar-se
nacionalmente. O "blefe" em política é muito comum, mas uma amizade de longas datas e sua gratidão ao Dr. Miguel Arraes, deixaram Lula mais tranquilo quanto às suas reais intenções. Muito mais do que as indisposições da legenda com o governador
Eduardo Campos, o que deixava o casal presidencial magoado com Eduardo era,
certamente, seu projeto de candidatar-se à Presidência da República já para
2014. As suas movimentações no tabuleiro político alimentavam essa
possibilidade. As “medidas” adotadas tanto por Lula quanto por Dilma estavam
todas centradas nessa perspectiva. Hoje vem a notícia que os dois caciques,
Lula e Eduardo, deverão se encontrar num comício em São Paulo pela candidatura
do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. O convite a Ciro, entendido como
uma tentativa de Lula em alimentar as cisões no PSB, neste caso, pode ser desconsiderado.
Os dois, além de Marcelo Deda, deverão pedir voto para Haddad.Comenta-se nas coxias que as imagens poderão ser usadas pelo Guia do candidato Geraldo Júlio para descontruir algumas teses levantadas por petistas de que sua candidatura seria uma "traição" ao morubixaba da agremiação.
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