Ainda repercute na crônica política pernambucana a entrevista que o
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, concedeu ao Programa do Jô.
Tanto o entrevistador como o entrevistado
foram muito comedidos. Jô tem se notabilizado por realizar grandes
entrevistas, algumas delas polêmicas, mas optou pela moderação, em
alguns casos, até fazendo alguns links com a entrevista anterior,
concedida por Marina Silva, ao mesmo programa. Evitou embaraçar o
entrevistado. Eduardo, por sua vez, pareceu um boneco engomadinho,
calculando milimetricamente a sua fala, esboçando, por vezes, um
artificialismo indisfarçável. Pecou pelo "excesso de maquiagem",
possivelmente orientado pelos seus assessores. Só não entro no mérito do
conteúdo de suas respostas, em função de tratar-se de uma assunto
exaustivamente comentado, o que cansaria os leitores. Mas, permita-nos
fazer apenas uma observação: ele demonstrou bastante tibieza ao abordar
alguns assuntos nevrálgicos de sua gestão e da aliança Rede/PSB, como a
repressão e o excesso de criminalização dos movimentos populares; as
contradições de uma gestão "moderna" que convive com as práticas mais
tradicionais da política brasileira; e os "ajustes" que Rede/PSB
precisam fazer para acertar os ponteiros programáticos etc. Eduardo, por
exemplo, vê pontos de convergência programática entre os dois partidos?
Alguém pode nos informar em quê?
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