Confesso que sinto certa simpatia pelo Rochinha, uma das lideranças mais respeitadas do Partido dos Trabalhadores. Comenta-se que em breve deverá estar se aposentando, mas, dificilmente deixará de participar das grandes decisões da agremiação. Alguns anos atrás, precisei entrevistar um conhecido comunista que atua na cena política do Recife. A princípio, alegou que não poderia nos atender, uma vez que estava viajando de férias. Logo em seguida, corrigiu-se: apenas uma brincadeira,afinal, comunista não tira férias. O mesmo raciocínio se aplica a Rochinha. Um militante de sua envergadura não se aposenta. O que nos preocupa em Rochinha é quando ele resolve emitir suas opiniões sobre a cena politica pernambucana, pautado, em certa medida, pelos informes que recebe dos seus contatos mais estreitos no Estado, notadamente o pessoal da CNB. Isso acaba turvando suas análises sobre os reais problemas da agremiação no Estado. Foi-se o tempo, caro Rochinha, em que o partido travava debates acalorados sobre determinadas "teses" e, depois, tudo se resolvia num boteco da esquina, depois de algumas cachaças com tira-gosto de passarinha. O John Walker Blue estragou tudo, meu caro.
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