pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Artigo: Os evangélicos desejam o poder.
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domingo, 30 de outubro de 2016

Artigo: Os evangélicos desejam o poder.



Candidato Marcelo Freixo (Psol) votou no Paissandu Atlético Clube, na Zona Sul do Rio (Foto: Bruno Albernaz / G1 Rio)


Crivella chegou acompanhado da mulher para votar no Clube Marimbás, em Copacabana (Foto: Carlos Brito / G1 Rio)


José Luiz Gomes


Li, atentamente, duas análises sobre as eleições municipais deste ano. Uma delas foi postada aqui no blog, escrita pelo professor e cientista político Michel Zaidan Filho, que vem alcançando um número expressivo de acessos. A outra foi escrita pelo editor do jornal Le Monde Diplomatique, Sílvio Caccia Bava, publicada em sua última edição e ainda não liberada pelo site, estando restrita à sua edição impressa, deste mês de outubro, que se encontra em bancas. O mais interessante a ser observada é a convergência de pensamento entre ambos, quando se discute a participação dos evangélicos naquelas eleições. Como informa Zaidan, diferentemente do envolvimento da Igreja Católica com a política - através das CEB, das pastorais - quando se observa a movimentação das igrejas pentecostais e neo-pentecostais, há, nitidamente um projeto de poder político. 

O caso das eleições do Rio de Janeiro é bastante emblemático para entendermos esse projeto. Disputa a eleição daquela cidade um preposto do bispo Edir Macedo, da IURD, o também bispo Marcelo Crivella. Como a Rede Record não foi aceita no condomínio da mídia golpista - apesar de ter tentado - eles tentaram derrubar Crivella antes que ele pudesse ganhar asas, criando embaraços posteriores, ampliando o poder de fogo do bispo Edir Macedo e do seu braço midiático, a Rede Record. A manobra não teria sido muito bem-sucedida e o bispo Crivella chega ao segundo turno como franco favorito, disputando a eleição pelo PRB, uma espécie de partido dos evangélicos. 

Se ocorrer uma virada - conforme preveem alguns - a eleição do candidato Marcelo Freixo(PSOL) representará um marco para as forças progressistas e do campo de esquerda nessas eleições. O Rio se transformará num palco de duras batalhas de projetos de poder distintos, uma trincheira de resistência, um locus de contra-hegemonia em relação ao poder central. Claro que ele não terá sossego. A mídia golpista deverá atacá-lo sistematicamente. (...)

(Conteúdo exclusivo, liberado apenas para os assinantes do blog)

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