O eleitorado é sempre soberano e a sua vontade deve ser respeitada num regime democrático. Embora os exemplos no plano federal não sejam dos melhores - "impeachment" da presidente Dilma - os verdadeiros democratas devem se empenhar por eleições livres e limpas, guindando ao poder atores políticos que respeitem essas regras e se conduzam de forma correta na gestão dos negócios públicos. O PCdoB está há 16 anos na gestão da cidade histórica de Olinda. O desgaste seria natural e, para a saúde de um dos pilares da democracia - o rodízio do poder - seria salutar que houvesse uma "oxigenação" na gestão da cidade. Tudo leva a crer, no entanto, que isso não passa de raciocínios de sábados à noite, de algum cientista político utópico. O quadro que se apresenta no cenário de 02 de outubro é o de que a candidata Luciana Santos(PCdoB), estará num possível segundo turno daquelas eleições municipais, contrariando alguns diagnósticos iniciais.
Conheço a candidata Luciana Santos desde a época da militância estudantil, na UFPE. Trata-se de uma candidata carismática, com um excelente nível de organicidade ou capilaridade política no município, o suficiente para "descolá-la" da figura do ex-prefeito Renildo Calheiro, cuja popularidade não é das melhores. Matreira, a candidata também deu uma forcinha a essa descolamento de imagem, não permitindo que ele empurrasse o andor. Poderia levá-la ao precipício. A grande disputa em Olinda, amanhã, é, na realidade, sobre quem vai para o segundo turno com a candidata do PCdoB. Há três nomes cotados pra este embate: Antonio Campos(PSB), Izabel Urquiza(PSDB) e, assim como um "azarão", o professor Lupércio, do Solidariedade. O professor é bom de urna. Pode ter fôlego para chegar a um segundo turno. Tereza Leitão, infelizmente, não conseguiu lidar com o "travamento" petista, mas, do ponto de vista republicano, seria um bom nome.
Como candidato, o senhor Antonio Campos continua sendo um literato. No caso dele, essa transição de um "campo" parece outro para que não será uma tarefa assim tão simples. Acrescente-se o fato de ele ter sido abandonado pela família Campos, que não teria sido consultada sobre os seus projetos políticos. Os Campos se abstiveram de participar de atos de campanha na cidade, sob o "argumento" de o Palácio apoiar mais de um nome na cidade. O que nos parece que está em jogo, na realidade, é um problema mal resolvido de sucessão familiar. Embora seja difícil precisar o potencial apoio dos Campos ao seu projeto político, o "não apoio", por outro lado, pode ser metido por uma fala de uma popular, no dia de ontem, aqui na praia de Casa Caiada: nem a família o apoiou. Sabe-se o que significa isso no "imaginário popular". Em todo caso, a despeito das dificuldades iniciais, ele é hoje o nome com maiores chances de ir a um segundo turno com a comunista Luciana Santos.
P.S.:Do Realpolitik: Aqui em Olinda, todas as pesquisas sobre a intenção de voto dos olindenses indicavam que a candidata comunista, Luciana Santos, apesar do desgaste da gestão de Renildo Calheiro, iria para o segundo turno com um dos postulantes, com maior probabilidade de ser Antonio Campos(PSB) ou Izabel Urquiza. A probabilidade do professor Lupércio ir ao segundo turno era menor, mas nós aqui do blog alertamos para o fato de o candidato, bom de urna, surpreender. De fato isso ocorreu e o professor Lupércio está no segundo turno das eleições em Olinda.
P.S.:Do Realpolitik: Aqui em Olinda, todas as pesquisas sobre a intenção de voto dos olindenses indicavam que a candidata comunista, Luciana Santos, apesar do desgaste da gestão de Renildo Calheiro, iria para o segundo turno com um dos postulantes, com maior probabilidade de ser Antonio Campos(PSB) ou Izabel Urquiza. A probabilidade do professor Lupércio ir ao segundo turno era menor, mas nós aqui do blog alertamos para o fato de o candidato, bom de urna, surpreender. De fato isso ocorreu e o professor Lupércio está no segundo turno das eleições em Olinda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário