Ciro Gomes já avisou que a sua trégua ou tolerância termina em abril. Depois disso, irá se pronunciar sobre o governo do petista. Na realidade, não deve ter sido as explicações de Juscelino que pesaram para mantê-lo no cargo. O cálculo de Lula deve ter sido outro. Principalmente os fatores que estavam em jogo nesta decisão, como a sua já conturbada relação com o União Brasil. Um lado bom quando esses escândalos estouram é que surgem fatos que, por vezes, não tem nem uma relação tão orgânica com os escândalos.
A atuação de Juscelino Filho, como parlamentar, também foi bastante questionada pelas redes socais, no dia de ontem. São três mandatos e poucos projetos, exceto um deles instituindo o dia do cavalo. Se, por um lado, Juscelino não teria muito a contribuir com o Governo Lula, por outro lado, Ciro pode contribuir, e muito, independentemente do fato de encontrar-se na oposição. Ciro é um cara sério, íntegro e preparado. Uma pena que os descaminhos da política tenha colocado o cearense em campo praticamente oposto ao do PT.
Não se sabe, ainda, como o PDT irá gerenciar essa questão, uma vez que o partido integra a base aliada do governo Lula, ocupando, inclusive, uma pasta ministerial. Ciro, por seu turno, nunca respeitou muito essas formalidades. O terceiro Governo Lula começa com uma tempestade de acertos, retomando políticas públicas importantes, cuidando das pessoas, do meio-ambiente, reestabeleendo o lugar do país no contexto da política internacional. Por outro lado, tem pecado em miudezas, como uma decisão equivocada sobre a manutenção no governo de um ministro que cometeu alguns equívocos.
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