Até recentemente, houve uma denúncia de trabalho em condições análogas à escravidão em algumas vinículos da Serra Gaúcha. A repercussão negativa foi enorme. Logo em seguida, um vereador de Caxias do Sul assumiu a tribuna para, não fala profundamnte infeliz, fazer a defesa dessas vinícolas, sugerindo que as empresas contratassem argentinos, pois o problema era dos baianos. Hoje ele se encontra, merecidamente, bastante encrencado, apeasar do arrependimento. De imediato, o Patriotas, o seu partido, repudiou a sua atitude e o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, pediu desculpas aos baianos, num gesto simbólico com o cantor Gilberto Gil.
Agora surge mais uma denúncia dessas práticas em terras do sul, no Estado de Santa Catarina, que já resultou na demissão do jornalista que fez a matéria e ameaça de morte a uma representante sindical que teria produzido as imagens. Eis aqui mais uma dor de cabeça para o próximo governo, mas circunscrita ao Ministério da Justiça e do Trabalho. Nos governos da coalizão petista se criou uma Lista Negra do Trabalho Escravo, onde a sociedade podia ter conheciemtno sobre emopresas que adotavam tais expedientes execráveis, boicotando seus produtos e serviços.
Essas empresas, por sua vez, também não podiam estabelecer qualquer tipo de negociação com o aparelho de Estado, ou seja, entrar em licitações, pedir emopréstimos e coisas assim. Depois de 2016, o governo que assumiu, como se diz no jargão das repartições, sentou a bunda nesta lista negra, por pressão do capital, adiando, o quanto pode, a sua divulgação. O Governo de Lula não tem nem três meses, portanto não pode ser responsabilizado pela ausência de fiscalização e autuação em relação a esse problema.
Mas, a julgar pelo andar da carruagem política e do clamor público, em muito breve as cobranças devem chegar. Por enquanto, tem sido a imprensa a grande responsável por essas denúncias, mesmo com seus profissionais colocando suas cabeças a prêmio. Talvez já tenha chegado o momento de se criar uma força-tarefa com a finalidade de fiscalizar, adotar as medidas que a situação requer e, de preferência, torná-las públicas, para que a sociedade e setores do próprio capital, criem embaraços para esses violadores da dignidade humana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário