Como se sabe, a oposição conseguiu eleger Lula presidente, mas, a rigor, os forças políticas do campo conservador venceram as eleições passadas, a julgar pela composição das Casas Legislativas Federais. E olha que Lula ainda foi eleito com uma diferença relativamente pequena em relação ao candidato Jair Bolsonaro. O arranjo político em Brasília é que será determinante para o governo do petista, que já abandonou as bravatas de palanque e tenta se arrumar como pode com a oposição, dialogando, fechando acordos - e, principalmente, liberando emendas e oferecendo cargos na máquina - para assegurar o mínimo de governabilidade.
Não está sendo nada fácil, pois o governo precisa lidar com adversários como o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que aciona o sinal amarelo sempre que algo o contraria nesse relação marcada por interesses de corte nada republicano. Lula, num passado recente, fazia muitas críticas a tais procedimentos, mas, diante das contingências políticas possíveis...O ex-juiz Sérgio Moro anda se equilibrando como pode no seu primeiro mandato como Senador da República, tendo que conviver com as invertidas constantes de membros do governo e com aliados que podem bandear-se para o outro lado, mediante alguns "incentivos", deixando ele não mão, como se diz aqui pelo Nordeste.
O controle do Conselho de Ética do Senado Federal pode ser a chave para entendermos a possibilidade de um eventual pedido de cassação do senador Sérgio Moro, algo que, certamente, está no horizonte da vingança dos petistas. O PT passou a controlar este conselho e dali deverá partir a artilharia pesada contra o ex-juiz da Lava-jato. O próprio União Brasil anda estabelecendo tratativas com o governo, sempre em caixa alta. Gente que é movida por interesses vis, entrega uma cabeça de bandeja com a menor das facilidades. O jogo político é torpe.
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