Hoje, 06\03, um grande jornal paulista aponta indícios sobre a eventual contratação de um sócio do seu haras como servidor fantasma. Exitem muitos problemas, o rolo é grande, mas, se tivéssemos que apontar a gota d'água que deverá levar Lula a pedir sua saída do cargo, diríamos que a recontratação absurda de bolsonaristas afastados podem definir o seu destino. Pelo menos dez ex-bolsonaristas foram recontratados na estrutura do Ministério das Comunicações, alguns deles simplesmente voltando às funções que ocupavam no ancien regime.
Este é um assunto sobre o qual temos discutido por aqui com um certa frequência, portanto, vamos poupar nossos diletos leitores de mais uma discussão. Um dos editoriais do Estadão aponta a absoluta falta de noção do ex-presidente em relação à fronteira do que seja interesse privado e do que seja responsabilidade com a res publica. Espírito público é algo que não consta do dicionário do ex-presidente. Os desmandos na ocupação do cargo são tão escabrosos, que, certamente, permitiram este clima de licensiosidade reinante. O uso indevido do cartão corporativo é um desses exemplos mais emblemáticos.
Há alas do partido sensivelmente preocupadas com as repercussões negativas dos episódios envolvendo Juscelino Filho e, a rigor, já entregaram sua cabeça de bandeja ao presidente Lula. Lula não resiste, mas ganha tempo, uma vez que a manobra envolve alguns lances complicados no tabuleiro político. Sua relação com o União Brasil, partido que indicou o ministro, por exemplo, não é das melhores. Alguns indicados, sequer, representam a vontade dos caciques da legenda, a exemplo de ACM Neto, que tinha no colete um correligionário baiano, recusado por petistas da terra de Jorge Amado; Lula estabelece com Luciano Bivar, Presidente Nacional da Legenda, um canal de comunicação privilegiado, o que significa, igualmente, uma penca de nomes para ocupar cargos no governo; Por último, mas não menos importante, há rumores que de que Lula possa entregar o Ministério das Comuniações ao PSD, de Gilberto Kassab. Observando esses bastidores de camarote, mas não menos preocupado com o seu desfecho, o Ministro da Justiça, Flávio Dino. Juscelino Filho tem base política no seu Estado, o Maranhão. Nem precisamos entrar nos detalhes.
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