pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O futuro do bolsonarismo
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sábado, 11 de março de 2023

Editorial: O futuro do bolsonarismo



Não deixa de ser interessante ver um jornal do porte da Folha de São Paulo discutindo o futuro do bolsonarismo. A Folha é um grande jornal e tal premissa é verdadeira, mesmo entre aqueles que discordam de sua linha editorial. Mesmo diante de severas críticas, o Instituto DataFolha, continuou sendo o parâmetro mais importante para se acompanhar o desempenho dos candidatos nestas últimas eleições presidenciais. Existe uma independência entre ambos, mas as comparações são inevitáveis, uma vez que o instituto é uma espécie de cria do jornal da família Frias. 

A Folha está anunciando uma série de reportagens sobre o futuro do bolsonarismo, serão abordados vários aspectos, ouvindo especialistas, e, até mais importante, pedindo a opinião dos leitores no sentido de ajudar na definição das pautas. São interessantíssimos esses movimentos da política. Hoje, muito mais do que o Governo do PT, quem está falando num processo de "desbolsonarização" são hostes das mais fidedignas ao ex-presidente, como uma liderança do partido Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira, que afirmou recentemente que ele não é líder de oposição coisa nenhuma, uma vez que vive enfurnado nos Estados Unidos. 

Vamos afirmar algo por aqui que pode até causar arrepios nas hostes de perfil progressista, republicana e democrática. Não é bem o que pretendíamos, mas o futuro do bolsonarismo é perene. Até recentmente, o diabo em pessoa esteve num encontro dos conservafores nos Estados Unidos. O Bolsonarismo tem um terreno fértil no país. Somos uma sociedade, tradicionalmente, desigual, racista e autoritária. Possuímos algumas estufas onde o bolsonarimso encontra os elementos fundamentais para crescer. 

Nos aproximamos muito das teses do sociólogo português, Boaventura de Souza Santos, quando afirma que o país tornou-se um laboratório de experimentos políticos da extrema-dirieta no mundo. O Brasil possui uma "estufa" fascista que alimenta o bolsonarismo. O deputado federal Nikolas Ferreira, depois daquelas aberrações transfóbicas pronunciadas no plenário da Câmara Federal, ganhou 43 mil seguidores numa de suas redes sociais. Todo o cuidado é pouco com o bolsonarismo. O país não pode se dar ao luxo de mais um sono político que produziu o monstro.  

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