pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O plano para sequestrar e assassinar Sérgio Moro.
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quinta-feira, 23 de março de 2023

Editorial: O plano para sequestrar e assassinar Sérgio Moro.



Eis aqui um assunto que ainda deve render muitas postagens e alguma tinta na redação dos jornais e revistas impressas. Haveria um plano para sequestrar e assassinar o ex-juiz e ex-Ministro da Justiça do Governo Bolsonaro, Sérgio Moro. O plano estaria sendo urdido desde janeiro, pelo PCC, descoberto durante depoimentos de integrantes dessa facção ao Ministério Público. Assim que tomou conhecimento dos fatos, a Polícia Federal caiu em campo, adotando os procedimentos cabíveis em casos dessa natureza. Hoje se sabe o montante que o crime organizado investiu na operação e que a rotina do ex-juiz era sistematicamente monitorada por integrantes da organização criminosa.  

As motivações seriam eventuais proibições de visitas íntimas aos presídios  e transferências dos cabeças dessa organização para outras unidades prisionais. Como se sabe, mesmo presos, eles mantém suas atividades ilícitas através de redes criadas com este propósito. As ordens para o que está ocorrendo no Rio Grande do Norte, por exemplo, saem de dentro das unidades prisionais daquele Estado. Um outro dado concreto é que deve existir, rotineiramente, um número razoável de juízes que recebem proteção da polícia para a sua segurança, depois de tomarem medidas contra essas lideranças ou os seus prepostos. Em tese, não causa surpresa observar que existe uma ameaça a algum juiz. 

Tampouco se pode fazer qualquer ligação deste fato com a fala do presidente Lula, em entrevista ao Portal 247, onde ele afirma que tudo estará bem apenas quando ele fxder o ex-juiz da Lava-Jato, já comentada aqui como uma fala infeliz e, pelo andar da carruagm política, igualmente inoportuna. Duas coisas são fundamentais aqui. Primeiro, por dever civilizatório, vamos nos solidarizar com o hoje senador Sérgio Moro, torcendo que as ações da Polícia Federal cheguem a um desfecho positivo, no sentido de elucidar os responsáveis por tais ameaças e puni-los. Lamentável esta queda de braço que está se formando entre governo e oposição porque, neste caso, não se trata disso. A Polícia Federal, como órgão de Estado, agindo de forma republicana, pode ter impedido o assassinato de um "inimigo" político. Na outra ponta, conter o ímpeto irresponsável dos bolsonaristas mais radicais, que tentam associar o fato ao PT, como o fazem no caso do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel.  

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