Como afirma o sociólogo Boaventura de Sousa Santos, o Brasil tornou-se um laboratório de experimentos macabros da extrema-direita, independentemente dos resultados das últimas eleições presidenciais. A extrema-direita continua ativíssima no país e se prepara para um novo embate nas urnas nas eleições de 2026, uma vez que os arranjos golpistas de 8 de janeiro não foram bem-sucedidos. O cenário político é evidente quando se observa, por exemplo, que o deputado transfóbico obteve um milhão e meio de votos e ganhou, apenas em uma de suas redes sociais, 43 mil seguidores, depois daquelas declarações estapafúrdias em pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Em tal contexto político, já se especula que alguns embates protagonizados entre oposição e governo, nos últimos dias, já podem ser contabilizados no escopo dessas disputas, de olho na linha sucessória de 2026. Não seria improvável. Eventuais nomes para as disputas políticas presidenciais de 2026, no entanto, podem ser abatidos antes mesmo de alçarem voos, como é o caso do ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro. Há quem assegure que ele poderia estar pavimentando a estrada no sentido de atuar com o propósito de viabilizar-se politicamente para assumir a condição de candidato da extrema-direita.
Acreditamos mais na possibilidade de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, assumir esta condição. Nos últimos dias ele tem enfatizado seu sotaque bolsonarista. O próprio Bolsonaro não pode ser decartado, embora o Valdemar prefira a Michelle. Deve ter lá suas razões. Bolsonaro ainda tem a encrenca das joias das arábias para contornar. Hoje um blogueiro conhecido traz uma inquietação das mais pertinentes: Por que a Arábia Saudita deu tantos presentes caríssimos ao ex-presidente Jair Bolsonaro? A cada dia se descobre mais um lote de joias.
Já enumeramos aqui dezenas de erros de avaliação de Sérgio Moro. O mais recente é que, longe de atingir seus objetivos iniciais de tornar-se um membro do STF, hoje, ele corre mesmo é o risco de tornar-se, na realidade, réu da Suprema Corte brasileira. Se ele abriu o flanco ao alimentar uma eventual pretensão de candidatura presidencial para 2026, este pode ter sido mais um erro de avaliação, pois, o que ele conseguiu, até o momento, foi atrair a artilharia pesada dos adversários contra ele, anos antes daquelas eleições.
Como se sabe, sua eleição para o Senado Federal foi marcada por uma série de atropelos, depois das tumultuadas aventuras de candidaturas presidenciais, ora sendo preterido, ora abandonado pelos grêmios partidários que não tinham estrutura para bancá-lo. Agora, o cerco se fecha contra ele, onde se põe em risco até as suas conquistas do momento, como o mandato de Senador da República.Segundo a Polícia Federal revelou, havia um plano do PCC para assassiná-lo, o que significa dizer que ele esta marcado de morte pelo crime organizado.
Até mais recentemente, a PF informou que localizou carros blindados que seriam utilizados na operação. Nos arranjos políticos de Brasília, o PT assume o controle do Conselho de Ética do Senado Federal, o que siginfica concluir que irão fustigá-lo por ali, à procura de uma motivação para pedir a sua cassação. No dia de ontem, o depoimento do ex-advogado da Odebrecht, Tacla Duran, que pode compremeter o ex-juiz, no curso dos eventuais expedientes confusos utilizados pela operação Lava-jato. Há provas de extorção arroladas e elas foram encaminhadas ao STF.
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