Acabei de conversar com um colega de trabalho sobre os tempos bicudos que estamos vivendo. Ontem, postamos no blog um artigo sobre o fim da greve dos professores. Eles voltam ao trabalho depois de um processo desgastante, bem distante de obterem as reivindicações desejadas pela categoria, como o cumprimento do pagamento do piso salarial para todos os profissionais do ensino. No artigo, chegamos mesmo a nos perguntar se fez mesmo sentido essa greve, que, em última análise talvez tenha mesmo é contribuído para fragilizar o poder de luta da categoria. Mal saímos desse impasse, e a Polícia Civil do Estado anuncia uma paralisação de 48 horas. O SINPOL, o sindicato da categoria, informa que Pernambuco paga o menor salário a um policial civil entre todos os Estados da Federação.
Se na Secretaria de Educação as coisas não andam muito bem, aqui é que a porca torce o rabo mesmo. Depois que se perdeu o controle sobre o "Pacto pela Vida", a turma anda batendo cabeça. Ninguém mais se entende. Declarações do secretário da pasta são contestadas pela Associação dos Delegados; inquéritos administrativos são abertos contra lideranças do SINPOL; há uma crescente precarização das condições de trabalho dos policiais civis. Talvez fosse interessante discutir como chegamos a esta situação, mas o fato concreto é que o Estado está com suas receitas contingenciadas, já ultrapassando o limite previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, 46,6%. Certamente isso não é problema dos servidores públicos, que andam com a corda no pescoço, mas é um fato. Nessas circunstâncias, a Justiça é célere na decretação da ilegalidade do movimento grevista, como já ocorreu com os professores. Tempos difíceis esses, gente.
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