pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A maldição das prévias tucanas.
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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Editorial: A maldição das prévias tucanas.



Numa outra oportunidade, com mais calma, voltaremos a tratar da recente pesquisa do Instituto Parará Pesquisas, divulgada mais recentemente, pela importância que essas pesquisas de intenção de voto assumem, neste momento, no contexto da corrida presidencial das eleições de 2022. Mas, antes que entremos na discussão sobre a maldição das prévias tucanas - interrrompidas no dia ontem, por absoluta ausência de condições técnicas - convém esclarecer um ponto, que tornou-se bastante polêmico, apresetado pela pesquisa da Consultoria Ponteio Político, onde, pela primeira vez, depois do lançamento oficial de sua candidatura, o ex-juiz da Lava-Jato e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro(Podemos), aparece com dois dígitos, acima do veterano Ciro Gomes(PDT-CE). 

Pelo levantamento daquela consultoria, Moro crava 11% das intenções de voto, um escore bastante alvissareiro para os seus apoiadores, que não deixaram de comemorar o fato. Logo se especulou sobre a idoneidade e o profissionalismo de tal consultoria, criada há bem pouco tempo. Numa postagem aqui no blog, sem procuração, defendemos os resultados apresentados por tal empresa, sempre em razão da credibilidade que devotamos, em princípio e por dever de ofício, aos institutos de pesquisa. Os resultados do Instituto Parará Pesquisa - que já atua no mercado há algum tempo e tem espertise no assunto - confirmam os números da Ponteio Política: Moro aparece com 10,7%. Quase onze! Antes de mais nada, gostaríamos informar que a nossa opinião sobre tal candidatura tem sido externada por aqui, através dos inúmeros editoriais. 

Não foram poucos os momentos, igualmente, que nos debruçamos sobre a análise das prévias tucanas, ora externando nossas opiniões sobre sua importância para as eleições presidenciais de 2022, ora comentando sobre os seus problemas que, aliás, acompanham essas prévias desde o instante em que elas foram anunciadas, como, por exemplo, o escândalo das filiações irregulares, devidamente contornado pela Executiva Nacional da legenda, que anulou as inscrições. Agora, na reta final, surge um problema técnico com o aplicativo usado para a votação remota dos filiados em todo o Brasil. Este fato transformou a convenção do partido, em Brasília, num grande fiasco, alcançando uma repercussão bastante negativa na mídia, o que deve render bastante, possivelmente até  os debates que deverão ocorrer entre os candidatos, envolvendo essas eleições. O PSDB, em termos concretos, não começa bem sua corrida presidencial. 

Aliás, este editor não vê como os tucanos possam ter grandes expectativas em relação às eleições presidenciais de 2022. O governador Eduardo Leite(PSDB-RS), além de reunir poucas chances de vencer as prévias, é um ilustre desconhecido do eleitorado. João Dória(PSDB-SP), por sua vez, poderá até vencer as prévias tucanas, mas irá enfrentar grandes dificuldades pela frente. Além de uma alta taxa de rejeição junto ao eleitorado, é também muito rejeitado entre os seus pares, o que dificultaria enormemente possíveis negociações políticas. Raposas políticas felpudas da chamada terceira via já anteciparam que,com ele, não haveria negociação alguma. Fora do ninho tucano, as expectativas sobre quem será o vencedor dessas prévias diz respeito aos arranjos políticos aliancistas, principalmente no Estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país.   

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