pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O bloco dos nem nem
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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Editorial: O bloco dos nem nem

 


Há um ano das próximas eleições e já começam os questionamentos acerca da lisura ou acerto das pesquisas de intenção de voto.Reparem que,por motivos óbvios, esses questionamentos surgem sempre do lado dos perdedores, ou seja, daqueles que amargam posições desfavoráveis nessas pesquisas. Ao longo do tempo, os próprios institutos, por vezes, reconheceram os possíveis equívocos ou erros cometidos, geralmente motivados por um algum "fato novo" ou alguma variável que fugiu ao controle dos planejadores da pesquisa, no momento de sua realização. Geralmente, há uma margem de erro, anunciada por esses institutos, que varia entre 2% a 6% por cento, dependendo da metodologia do órgão, do universo pesquisado,entre outros fatores. Quando os levantamentos de pesquisas de intenção de voto quebram esse "teto' é porque, de fato, pode ter ocorrido algum problema. No limite extremo, fraudes com o propósito de prejudicar este ou aquele candidato também chegaram a ser comprovadas, como aquela que atingiu o então candidato ao Governo do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola, há alguns anos atrás. Esta, então, ficaria famosa. 

Em todo caso, cabalmente, os institutos de pesquisas possuem níveis de acertos bem superiores aos eventuais equívocos cometidos,o que lhes facultam uma enorme credibilidade. Os grandes institutos tiveram, no passado, enormes problemas com as terceirizações de suas pesquisas, entregues aos institutos locais, alguns dos quais sem a esperise necessária no assunto. Por convicção e por dever de ofício, nunca briguei com os números apresentados pelos institutos de pesquisa. Agora surgiu a notícia de que os números favoráveis ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) na corrida presidencial de 2022 poderiam ter sido deliberadamente inflados. Os números recentes, que diminuem essa diferença em 10 pontos percentuais seriam uma tentativa de "ajustes" dos próprios institutos, como forma se atingir uma média ponderada, evitando, assim, os possíveis questionamentos. Não endossamos essa tese, posto que, como disse antes, sempre surge entre aqueles grupos que, geralmente, costumam "brigar" com os números, sobretudo quando estes lhes são desfavoráveis.  

Mas, o assunto que gostaria de tratar aqui com vocês, neste editorial, diz respeito ao bloco dos "Nem Nem", ou seja, um conjunto de mais de 10 candidatos que tentam viabilizarem-se como alternativa dos eleitores da terceira via. O articulista Thomas Traumann, em artigo publicado no site da revista Veja, chama a nossa atenção para um grave problema, comum a essa turma do "Nem Nem": Até o momento, nenhum deles apresentou uma proposta concreta para o eleitor médio, aqueles que precisam de comida na mesa, emprego, inflação sob controle, oportunidades para educar os filhos, assistência médica, entre outras coisas. Em alguns casos - o que não deixa de ser grave - isso, ainda segundo o articulista, ocorre em razão do despreparo de alguns candidatos que aí estão, que hora se apresentam como alternativas a Lula(PT-SP) ou Jair Bolsonaro(Sem Partido). 

A plataforma política dos "Nem Nem"são plataformas limitadas, circunscritas e,em alguns casos, até corporativas como a que deve ser apresentada pelo ex-ministro da Lava- Jato, Sérgio Moro, que já anunciou sua filiação ao Podemos para concorrer à Presidência da República nas eleições de 2022. No caso de Sérgio Moro, seria, possivelmente, uma prestação de conta do seu trabalho à população, algo que não "empolgaria" mais do que um eleitoraro bastante identificado com ele, talvez insuficiente para alçá-lo à condição de um candidato efetivamente competitivo. Ele precisa ter uma fala - eu diria que mais do que fala, um programa - para muito além dos órfãos" da Lava-Jato 

A despeito das mudanças subtantivas em sua estratégia de comunicação, Ciro Gomes(PDT-CE), também não consegue um diálogo efetivo com este eleitor. Os tucanos, que sempre estiveram em cima do muro, parecem pouco dispostos a largar essa zona de conforto. Até o momento, estão às turras com os problemas internos decorrentes das prévias que deverá escolher o nome apresentado pela legenda para a disputa presidencial de 2022. Agora mesmo, resolveram corrigir as "irregularidades' de 92 inscrições de prefeitos, no Estado de São Paulo, que participariam das prévias, em razão de inscrições realizadas depois dos prazos legais determinados. O artifício, neste caso, foi o expediente de usar datas retroativas nessas inscrições. 

Nas coxias, comenta-se que o MDB também sonha com uma candidatura própria nas eleições presidenciais do próximo ano. A senadora Simone Tebet(MDB-MS) - que seria a vice dos sonhos do presidente do Senado Federal- Rodrigo Pacheco(PSD-MG), seria a mais cotada, por ser mulher e em razão do trabalho bastante elogiado, realizado por ocasião da CPI da Covid-19. Disciplinada, aplicada e organizada,fica aqui a torcida que, neste caso, a senadora, se topar a empreitada, já esteja debruçada sobre livros e relatórios, estudando o país. É assim que se constrói um programa de governo para ser discutido com o eleitorado.    

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