Agora, com a vitória de João Dória, na convenção nacional da legenda tucana, em Brasília, começa-se a especular sobre como serão os arranjos políticos daqui para frente, uma vez que o partido tem candidata ao Governo do Estado nas próximas eleições. A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra(PSDB-PE), já faz um périplo pelo Estado, lançando as bases de sua plataforma política. Como disse antes, até mesmo pelos comportamentos pessoais já identificados pelos eleitores e ex-amigos, as taxas de rejeição de Dória são altas: 52% junto ao eleitorado e, permitam-me os leitores, acima disso junto aos seus pares. Raposas felpudas da terceira via já informaram que, com ele, não haverá negociação possível.
É um andor difícil de ser carregado, principalmente para uma mulher com a sensibilidade da prefeita, que, aliás, aparece na dianteira das primeiras pesquisas de intenção de voto. Eduardo Leite seria um candidato bem mais leve, com uma capacidade bem maior de atrair determinados segmentos do eleitorado. Depois de acompanhar uma entrevista dele à CNN, ficamos convencidos disso. Seria o melhor nome para os tucanos tentarem atrais o chamado eleitorado NEM NEM. Fora da disputa, o debate político fica mais pobre e isso não é nada bom para a democracia.
Outro nome que somaria ao lado da prefeita é o de Anderson Ferreira(PL-PE), prefeito de Joboatão dos Guararapes, que vive um grande dilema. Tem carta banca na legenda liberal, mas deverá, inexoravelmente, apoiar ou ser o candidato do bolsonarismo no Estado, ele que já acompanhva a prefeita pelas microrregiões, consolidando uma aliança em curso. Pode mudar de legenda para continuar essas caminhadas, mas não será uma tomada de decisão fácil, pois perderia o controle do partido no Estado.
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