pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: A pandemia e os vértices decisivos das eleições presidenciais de 2022
Powered By Blogger

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Editorial: A pandemia e os vértices decisivos das eleições presidenciais de 2022

 



A crise institucional criada entre os três poderes da República, longe de emitir sinais de arrefecimento, pode até mesmo agravar-se, criando mais algumas dificuldades para o Poder Executivo. Ao seu estilo, o presidente Jair Bolsonaro(Sem Partido) já se pronunciou a este respeito. Está agendado, para esta segunda-feira, um encontro entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira(PP-AL) e o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, para dirimir arestas criadas com a úlitma decisão daquela Corte, através de liminar da ministra Rosa Weber, sustando as "emendas do relator" - sobre um tal orçamento secreto -criando uma espécie de mal-estar no Poder Legislativo. 

Vale aqui a máxima de que decisão judicial cumpre-se, não se discute, mas os líderes daquele poder ameaçam até mesmo uma rebelião ou desobediência. Vamos torcer que os ânimos sejam serenados e voltemos a ter aquele equilíbrio tão saudável entre os três poderes da República, traduzido nos chamados freios, pesos e contrapesos, elementos fundamentais num regime democrático. "Harmonização" talvez não seja uma palavra das mais adequada para se falar sobre a relação entre os três poderes no Brasil, que, pontualmente, sempre mantiveram algumas rusgas. Nos últimos anos, infelizmente, esse quadro agravou-se bastante. 

A fala acima é apenas para demonstrar as dificuldades hoje enfrentadas pelo Executivo Federal, sob a Presidência de Jair Bolsonaro(Sem Partido),sobretudo em razão do seu projeto de continuar como inquilino do Palácio do Planalto pelos próximos quatro anos. É sabido que o presidente, hoje, não se encontra num céu de brigadeiro, como costuma dizer os militares quando as nuvens não estão atrapalhando os voos. A jornalista Josette Goulart, colunista de uma revista de circulação nacional, chama a nossa atenção para algumas conclusões do mago das pesquisas eleitorais, o cientista político pernambucano, Antonio Lavareda, a partir dos resultados da última pesquisa de intenção de voto, realizada pelo XP-IPESPE, divulgada recentemente. De acordo com Lavareda, a avaliação do governante pela população e a sua percepção da economia são indicadores seguros para se fazer qualquer inferência acerca de uma reeleição. Avaliação ruim e inflação em alta constitui-se num binômio perigoso, capaz de sucumbir as expectativas de uma reeleição.

Mas, como não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar - como se sabe a avaliação do Governo não é das melhores, assim como a economia encontra-se em frangalhos - agora surge, segundo observou Lavareda, mais um agravante: a avaliação do governante no que concerne à condução da crise durante a pandemia do corona vírus deve se refletir sobre o voto do eleitorado nessas eleições. Seria a terceira vértice. A CPI da Covid-19 cumpriu o papel de dissecar os mais de 600 mil cadáveres que morreram durante este período. Embora haja um arrefecimento do número de mortes e contaminados - sobretudo em razão do avanço da vacinação - trata-se de um número bastante expressivo, que ficou gravado na memória dos brasileiros e brasileiras, e deverá acompanhá-los até às urnas, em Outubro de 2022.

Nenhum comentário:

Postar um comentário