Pela clivagem deste editor - certamente aliada à nossa condição de eleitor - dos atuais pretendentes a ocupar a cadeira do Palácio do Planalto, alguns desses nomes não deveriam ser reconduzidos ao cargo e outros tantos sequer deveriam tentá-lo, pelas suas condutas como homens públicos ou na iniciativa privada. Não vamos aqui entrar nos pormenores, para não ferir as susceptibilidades desses atores políticos ou, pior, atrair a ira dos seus seguidores, tornando-se alvo dos inevitáveis ataques vis, através de expedientes conhecidos. Fica a critérios dos leitores e leitoras que nos acompanham por qui, através de um exercicio de intuição ou mesmo baseados no que escrevemos pelo blog, tentar estabelecer essa nossa possível clivagem.
Asseguro que seria muito importante que a maioria de nossos eleitores estabelecessem esses mesmos critérios. Muitas tragédias poderiam ser evitadas na condição dos negócios de Estado. Mas, voltemos ao cotidiano dos nossos comentários políticos, desta vez para tratar das prévias do PSDB, marcadas por alguns lances curiosos - como as filiações irregulares, já devidamente anuladas pela Executiva Nacional da legenda - e, agora, os chamados blefes, possivelmente em razão da suas proximidade da votação, prevista para o dia 21.
As prévias tucanas, quando foram anunciadas, geraram muitas expectativas junto ao eleitorado, seja este eleitorado tucano raiz ou não. Seria um momento para conhecermos as propostas dos candidatos a candidato do partido à Presidência da República, nas eleições de 2022. Infelizmente, nenhum entre eles apresentou, a rigor, uma proposta para o país, restringindo-se às suas experiências nos Estados ou capital que administram, conforme o caso, João Dória(PSDB-SP)), Eduardo Leite(PSDB-RS), Arthur Virgílio(PSDB-AM). O senador Tasso Jereissati(PSDB-CE) desistiu de disputar as prévias, engrossando as fileiras dos apoiadores do governador gaúcho.
Ao longo do processo, escaramuças trocadas entre os candidatos ganharam a cena e, hoje, não se fala noutra coisa senão sobre os números apresentados pelos candidatos em relação à votação. Eduardo Leite assegura que sairá vitorioso das prévias, enquanto o governador de São Paulo, João Dória - que atravessa mais uma fase de adequação de discurso - assegura que terá 75% dos convencionais. Assim como Eduardo Leite (PSDB-RS), endossamos a tese de que se trata de um blefe.
O engomadinho é, rigorosamente, um "produto" de marketing. O ex-governador Geraldo Alckmin já afirmou que essa sua mania de misturar negócios privados com coisa pública não é muito salutar. E ele tem toda a razão quando fala sobre este assunto. Já foi um aliado dele no passado e, hoje, é um desafeto. Aliás, Dória tem a mania de abandonar ex-companheiros de viagem. Se o indivíduo cai em desgraça, ele o abandona na hora, sem qualquer constrangimento. Essa parece ser uma das espertises de sua práxis corportativa, que ele trouxe para a sua vida pública. Como disse antes, consoante as conveniências, já anda moldando milimetricamente o seu discurso, de acordo com uma revista de circulação nacional. Depois de um encontro com empresários, teria parado de atacar o presidente Jair Bolsonaro(PL), de quem já foi um aliado no passado. Eduardo Leite afirmou que faria uma manobra mirabolante caso se confirme as previsões do governador paulista. Não será preciso.
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