pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O PL irá "cristianizar" Jair Bolsonaro?
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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Editorial: O PL irá "cristianizar" Jair Bolsonaro?


Como afirmamos em editoriais anteriores, os neologismos são comuns no vocabulário político brasileiro. "Cristianizar" é um desses neologismos, lembrado pelo jornalista Ricardo Rangel, em artigo publicado por uma revista de circulação nacional. Diz respeito a um caso de traição política, perpetrado pelo partido PSD, em 1950, cuja vítima foi o candidato Cristiano Machado. Percebe-se, claramente, haver um jogo de grandes escaramuças nessa relação entre o presidente Jair Bolsonaro(Sem Partido) e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal. 

A rigor, não há consenso construído entre ambos, mas um arranjo possível, diante das dificuldades encontradas nessa relação. É mais ou menos a mesma situação daquele casal que percebeu estar numa relação exaurida, mas prefere salvar as aparências, em nome de alguma conveniência ou para preservar os filhos. Para Valdemar da Costa Neto, no momento, é oportuna essa aliança, pois o presidente tem caneta e dotes, e, ainda, pode contribuir para ampliar a bancada do partido, que almeja alcançar 60 deputados federais nas próximas eleições, tornando a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados. 

O presidente, por sua vez, além de precisar de uma legenda para viabilizar seu projeto de continuar como inquilino do Palácio do Planalto, promove um rearranjo ou "acomodação" das forças bolsonaristas em alguns Estados da Federação, como São Paulo e Pernambuco. Em tese, recebeu o aval de Valdemar da Costa Neto de que teria "carta branca" para intervir. Não vai permitir que o PL alie-se aos inimigos do bolsonarismo. Numa postagem a parte, discutiremos como fica a questão do prefeito Anderson Ferreira(PL), aqui em Pernambuco, que já teria firmado alianças com os tucanos. 

Como disse no início, o jogo é pesado e repleto de escaramuças, o que sugere termos a devida clareza da situação para não incorrermos em conclusões precipitadas. Não há conciliação e, muito menos, juras de amor eterno entre ambos. É só uma questão de tempo para ambos perceberam que tal situação de instabilidade e conflitos intermitentes não seria saudável para ninguém. O PL trabalha com algumas variáveis, uma notória habilidade de negociações e um "cálculo político' preciso. Resta saber se o presidente entendeu toda a dinâmica deste jogo, assim como se possui algum coringa, caso precise usá-la. E não seria nada improvável que ele precisará usá-la.  

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