pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Tijolinho: As condições do PSB para apoiar Lula
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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Tijolinho: As condições do PSB para apoiar Lula



Não está sendo fácil para ninguém os ajustes das composições políticas nacionais com as quadras estaduais. Aliás, no Brasil, elas sempre foram difíceis, pois seguem uma dinâmica própria, consoante o conjunto dos interesses dos líderes partidários dos Estados da Federação. No Brasil, partido político com orientação nacional é coisa rara. Agora mesmo, por ocasião de uma possível filiação do presidente Jair Bolsonaro(Sem Partido) ao PL, isso ficou bastante evidenciado. Ou ele entende que se trata de um problema estrutural dos nossos grêmios partidários, ou será muito difícil encontrar um partido que atenda às suas expectativas. Talvez não seja nem um problema dos partidos, mas da dinâmica da política brasileira. Um articulista da revista VEJA lembrava que este fenômeno ocorreu até mesmo durante o regime militar, onde a ARENA tinha as suas sublegendas. 

Os dirigentes do PSB entregaram ao candidato Lula uma lista de exigências para fecharem uma alinça com o propósito de disputar as eleições presidenciais de 2022. Desejam indicar o vice na chapa e contornar alguns casos problemáticos em alguns Estados da Federação, onde o partido não abdicaria de ter candidato próprio concorrendo ao governo. Em Pernambuco, o PT apoiaria o projeto de manter o governo nas mãos dos socialistas, emprestadno seu aval e apoio político ao nome do Secretário de Desenvolvimento, Geraldo Júlio(PSB-PE),ao Governo do Estado. Como é sabido, Geraldo Júlio enfrenta um momento difícil, com algumas arestas até mesmo dentro do partido. Em todo caso, é homem da confiança dos herdeiros do espólio político e eleitoral do ex-governador Eduardo Campos. 

A situação mais complicada é o caso de São Paulo, onde os socialistas não abrem mão da candidatura de Márcio França(PSB-SP) ao Governo do Estado, embora seja uma praça onde o PT, tradicionalmente, apresenta um nome para concorrer -  que deve recair sobre Fernando Haddad - numa integração com o projeto nacional. O fiel da balança nesse processo pode ser o ex-governador Garaldo Alckmin(PSDB-SP), que poderia, a convite de Lula, filiar-se ao PSB e compor uma chapa com ele, na condiação de vice. Viabilizada essa manobra, Márcio França poderia ajustar os passos com o professor Fernando Haddad, seja na condição de vice, seja concorrendo ao senado federal. O quadro ainda está bastante embolado, exigindo alguns ajustes e arestas a serem aparadas. Márcio França é uma pessoa séria e um ator político de grande estatura. Não é improvável que abdique de alguma ambição pessoal - embora legítima - em nome do interesse nacional.  

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