Diante das indefinições políticas aqui na província, vamos tratar dos assuntos políticos nacionais, embora tenhamos elaborado um esboço de um editorial sobre a quadra política pernambucana, principalmente sobre o imbróglio que se tornou a definição do nome que deverá disputar o Governo do Estado pela Frente Popular. Quando existia um nome quase fechado, as negociações em torno do assunto refluíram ao estágio de zerado. O PSB, definitivamente, não vive um bom momento. Não precisamos entrar nos detalhes porque o eleitor minimamente informado sabe o que se passa nesses conclaves partidários da Frente Popular, por enquanto, sem o menor sinal de fumaça branca. E mesmo quando ela sair das chaminés do Campo das Princesas, ainda estará turvada, a julgar pelo andar da carruagem política.
No plano nacional as costuras políticas -e as manobras de bastidores, acrescento - estão a todo vapor. As contingências estão obrigando alguns definições do atores políticos que disputarão a cadeira do Palácio do Planalto nas próximas eleições de outubro. O que está ocorrendo com o governador de São Paulo, João Dória(PSDB-SP), constitui-se num bom exemplo dessa nossa assertiva. Dória não enfrenta um bom momento. Seja nas pesquisas de intenção de voto - onde ele não consegue decolar - seja nos bastidores de sua agremiação política, o PSDB, onde existem tucanos de bico fino que ainda não engoliram sua vitória nas prévias e tentam impedir sua candidatura.
Tentarão esgotar as manobras partidárias previstas no estatuto da agremiação, mas já trabalham com a possibilidade de rearticular o nome do derrotado naquelas prévias, o governador gaúcho, Eduardo Leite(PSDB-RG). Essas articulações incluiriam negociações políticas com o MDB de Simone Tebet(MDB-MS). Sabem os leitores que, ao tratar dessa agremiação política é preciso ser bem específico. Os caciques das oligarquias regionais, por exemplo, estão praticamente fechados com a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP).
Em sua trincheira paulista, João Dória tenta se defender como pode. Tenta negociar uma aliança com o MDB para esvaziar as manobras dos desafetos da legenda e, por outro lado, passou a bater forte no candidato Lula, talvez com o objetivo de atrair os holofotes - e possivelmente os eleitores anti-Lula - para ele. Antes, seu alvo principal era o presidente Jair Bolsonaro(PL), principalmente em razão do seu capital político adquirido durante a guerra das vacinas. Em relação a Lula, antes, ele apenas acenava para o seu contingente de eleitores mais fiéis, ou seja, a parcela mais empobrecida da população brasileira. Difícil predizer os resultados dessa nova estratégia dos seus marqueteiros antes dos resultados que poderão ser aferidos nas próximas rodadas de pesquisas de intenção de voto.
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