Mesmo diante de um feriado de carnaval atípico - ainda imposto pelos cuidados em relação à pandemia da Covid-19 - percebe-se uma escassez de notícias sobre o mundo da política. Poderia ser ainda pior se os foliões estivessem nas ruas, bebendo, pulando, brincando - e disseminando o vírus - nesses dias destinados aos festejos de Momo. Melhor assim, para evitarmos uma nova onde de Covid-19 logo depois dessas aglomerações. Aqui em Olinda, parece que alguns foliões resolveram ignorar o decreto do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal da Cidade, abrindo bares e colocando o bloco nas ruas. Muito trabalho para a Polícia Militar, que precisou conduzir alguns deles à delegacia por desrespeito às normas estabelecidas. O grau de insensatez ainda é muito alto entre os brasileiros.
Estamos vivendo a fase da saturação dos cuidados. Você vai numa feira livre e observa que nem 10% dos vendedores fazem o uso da máscara. Mas, a sempre atualizada colunista da revista Veja, Clarissa Oliveira, traz algumas informações importantes sobre um possível final da novela envolvendo o destino do ex-governador Geraldo Alckmin(Sem Partido). Salvo melhor juízo, a possibilidade de ele compor uma chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na condição de vice, seria prego batido de ponta virada. A questão agora é sobre o partido ao qual ele irá filiar-se nas próximas semanas, já na reta final da janela partidária.
A probabilidade maior seria o PSB,embora a relação desse partido com o PT, hoje, não seja das melhores, principalmente em praças como São Paulo e Espírito Santo. Como Lula hoje caminha de mãos dadas com Gilberto Kassab(PSD-SP) pela Av. Farias Lima, chegou a se cogitada a possibilidade de uma eventual filiação de Alckmin ao PSD. São apenas especulações, mas não se pode perder de vista que há um interesse de Lula em fechar acordos com o PSD nos principais colégios eleitorais do país. São Paulo é o maior deles, sendo decisivo na definição de uma eleição presidencial. O entusiasmo da cúpula petista com a candidatura do ex-ministro Fernando Haddad(PT-SP) tem dificultado um pouco as negociações políticas.
A novela Lula\Alckmin, assim como os folhetins mexicanos é longa. O ex-governador está abandonando o ninho tucano com um poço até aqui de mágoas. Não sem bons motivos para isso, registre-se. Mesmo em tais circunstâncias, caso viesse a candidatar-se ao Governo do Estado teria boas chances de sentar-se na cadeira de governador do Palácio Bandeirantes. Muitas analistas observam que ele, ao aceitar ser vice de Lula, estaria deixando o certo pelo duvidoso, uma vez que poderia tornar-se uma vice de burocracia, sem a envergadura política que ele ostenta. Vamos aguardar os próximos passos, mas a decisão de ser vice parece-nos favas contadas.
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