No mundo político, no dia de ontem, causou uma certa estranheza um encontro entre o governador capixaba, Renato Casagrande, do PSB, e o pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro. Conforme comentamos aqui, noves fora as boas regras de convivência dentro de um mundo político civilizado, há, sim, motivos para um certo estranhamento. Estranhamentos - e até aborrecimentos, registre-se - conforme já externado pela Presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, cujo partido costura a formação de uma federação com os socialistas.
Seria necessário mais informações das coxias para compreedermos o que, de fato, teria se passado pelo cabeça de Sérgio Moro ao procurar, para conversar, justamente um governador socialista. Algumas hipóteses são plausíveis, outras nem tanto. Sérgio Moro vem esboçando um certo desconforto com a sua agremiação partidária. Já se especulou que ele, inclusive, teria sondado outros grêmios partidários. O Podemos ainda é um partido em processo de estruturação, sem capilaridade nos Estados e com pouca reserva de recursos do fundo eleitoral quando comparado à legendas como o União Brasil, o MDB, o PSL. Isso conta bastante numa eleição.
Ele chegou a sentar à mesa com os caciques do União Brasil, a noiva mais cobiçada de Brasília, mas as conversações não prosperaram. Hoje é dada como certa uma federação entre aquela legenda e o MDB, quem sabe com o concurso dos tucanos, num projeto bastante ambicioso. No passado recente, ali pelo ano de 2016, o PSB já andou costeando o alambrado, como diria o ex-governador Leonel Brizola, o que sugere não embarcar com os dois pés nesta canoa.
Mas, independentemente de tais indisposições entre o PT e o PSB, no geral, estamos vivendo um momento de não entendimentos entre os grêmios partidários. A própria fusão entre o DEM e o PSL - dadas como favas contadas e já homologada pelo STE - ainda enfrenta problemas de conciliações entre os seus caciques. O União Brasil está em vias de fechar um acordo com o MDB, onde poderiam apoiar a pré-candidata Simene Tebet(MDB-MS) à Presidência da República, indicando o vice na chapa. Simone Tebet é uma excelente candidata, sempre muito festejada entre os diversos grêmios partidários. A dissidência tucana também deseja o seu passe.
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