Tínhamos uma certa curiosidade em conhecer essas prioridades do PT em relação às próximas eleições municipais. Sabia-se que era uma questão de honra retomar o controle da cidade de São Bernardo, em São Paulo, berço da legenda. Vencer em São Paulo também poderia significar uma vitória honrosa e estratégica para os planos do partido nas eleições presidenciais de 2026. A maior queda de braços entre o petismo e o bolsonarismo, na realidade se trava na capital paulista, por inúmeros motivos, alguns até simbólicos. Ontem fomos dá uma chegada nessas prioridades e as notícias não são nada boas para a legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em nenhuma dessas cidades a situação inspira confiança na vitória em 06 de outubro. Em Natal, Natália Benevides aparece atrás de Carlos Eduardo, do PSD, que representa setores mais conservadoras da capital potiguar. Em Porto Alegre, Maria do Rosário já esteve bem, mas foi ultrapassada pelo candidato do MDB, Sebastião Melo. Em Belo Horizonte, Rogério Correia, que nada em recursos destinados para a sua campanha, não decola. Em São Paulo é quase certo que tenhamos um segundo turno e, neste caso, a situação também não inspira confiança, uma vez que todas as sondagens, realizadas por diferentes institutos, indicam a vitória de Ricardo Nunes, do MDB. Os dois passam, segundo analistas, mas teremos uma batalha campal pela frente. Ah, já íamos esquecendo. Em São Bernardo, os tucanos correm o risco de continuar à frente da Prefeitura.
Não deixa de ser interessante observar os critérios que estão em jogo na definição dessas prioridades. Possivelmente eles se estabelecem pelos padrões de capilaridade dos atores em relação à burocracia nacional da legenda, como são os casos de Bonavides, Rogério Correia e Maria do Rosário. Em Belo Horizonte cogita-se até mesmo uma gestão para que Duda Salabert desista da disputa em favor de Rogério Correia.
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